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Filosofia sem Mistério - Dicionário Sintético

MORALISMO, Moral, Moralidade e Moralista – do Latim “MORALIS” de “MOR-” “MOS” = costumes. O termo “Moral” em sentido amplo é a Teoria que trata dos “Valores” e/ou “Princípios” que governam a conduta dos Seres Humanos. E precisamente por isso, sua principal característica é a de ser um conjunto de normas ou regras, ou Leis, que prescrevem o que DEVE ser feito e aquilo que NÃO pode NEM deve ser executado. Também significa o conjunto de costumes, valores e normas de uma Sociedade, de uma Religião, de um grupo, de uma organização etc. Daí deriva expressões como: “segundo a Moral cristã”, “conforme a Moral e os Bons Costumes” “Conforme a Moral burguesa” etc.
É possível observar que o Conceito de Moral se divide em duas partes, conforme abaixo:
1. MORAL DO BEM – o estudo que se faz para definir o que é o “BEM” e criar o caminho a ser seguido para que o Homem atinja a felicidade, o prazer, a realização etc.
2. MORAL DO DEVER – que é a Lei imperativa, impessoal, objetiva que impõe as regras a serem seguidas por todos aqueles que optam por viver, ou integrar, uma Sociedade, uma Religião, uma Organização etc.
Para KANT (1724/1804, Alemanha): “o Dever é uma necessidade de se realizar uma ação por respeito à Lei”. Ainda segundo o filósofo: “a Moral é a esfera da Razão Prática que responde à pergunta: o que devemos fazer?”. Em outros termos: a Moral é conjunto de normas e/ou regras, acessível ao Raciocínio Lógico, voltado para as questões físicas, materiais e que orienta como se deve agir em relação a um fato, um acontecimento, uma dúvida.

MORALIDADE – do Latim “MORALITAS”. Pode ser entendida como um conjunto de Valores e Princípios de uma Sociedade. Também significa a qualidade, boa ou má, de uma ação, um fato quando o julgamento se baseia em normas morais vigentes. Desses significados é que derivam expressões como: “a defesa da Moralidade”, os “Guardiões da Moralidade”.
MORALISMO – é a Tendência Filosófica cujo eixo central é a “Moral”. Todo o resto deve estar de acordo com suas regras, especialmente os Juízos (ou Julgamentos), que se fazem acerca de fatos e/ou comportamentos.
Pejorativamente, o termo “Moralismo” simboliza ou significa a super valorização de uma Moralidade antiquada, ultrapassada pelo desenvolvimento social oriundo das mudanças ocasionadas pelos avanços tecnológicos que modificam os padrões de comportamentos, especialmente quando tais padrões permitem atos que no passado seriam considerados heréticos, blasfemos, inadequados etc. Para quem tem mais de cinqüenta anos, a questão do sexo para mulheres solteiras é o exemplo clássico dessa questão. Antes, era um pecado e agora é um fato absolutamente normal. Outro aspecto negativo é o que se relaciona com o comportamento “Moralista” superficial e hipócrita daqueles (as) que atacam o que lhes parece contrário aos “bons costumes” e, no entanto, em segredo, praticam as mesmas ações. Também se encaixa nessa negatividade a super valorização da “Letra da Lei”, em prejuízo ao “Espírito da Lei”; isto é, quando a “Lei” é seguida e aplicada de modo burocrático, mecânico, frio, ao invés de se julgar segundo a “intenção superior” da Lei, que não é apenas punir quem a transgride, mas a de juntar ao castigo pela falta, meios para que o transgressor entenda seu erro e se corrija naturalmente. Claro que para tanto é preciso que o julgador esteja imbuído da vontade e/ou da capacidade de entender a essência, o “espírito” da Lei e não só do desejo de aplicá-la maquinalmente. Por fim, em termos pejorativos, podem-se citar as ocasiões em que as “Normas Morais” são vista e consideradas apenas em seu aspecto formal, solene, exterior, sem qualquer aprofundamento em sua essência.
MORALISTA – geralmente é o rótulo dado àquelas (es) que defendem a obediência cega às “Leis Morais” sem se questionar se as mesmas estão de acordo com a época, se são justas etc. Por outro, já em sentido positivo, Moralista é o titulo dado a alguns escritores franceses do século XVII, cujas obras eram escritas em formas de fábulas ou de aforismos com a tendência voltada à análise dos costumes e praticas da Sociedade, conforme as normas Morais vigentes na época. Em geral tais textos traziam uma “Lição Moral”. Dentre outros, brilharam nesse gênero escritores como LA FONTAINE e LA BRUYÉRE.
RECORTE – é errado pensar que Moral e Ética são sinônimos. Grosso modo, a Ética é um conceito superior ao de Moral, na medida em que essa última é só a codificação das normas estabelecidas pela Ética. Ver apêndice sobre a Ética.

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quinta-feira, abril 15, 2010 - 13:16

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fabiovillela

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