CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
A flor do ar (Gabriela Mistral)
Eu a encontrei por meu destino,
de pé a metade da pradaria,
governadora do que passe,
do que lhe fale e que a veja.
E ela me disse: “Sobe ao monte.
Eu nunca deixo a pradaria,
e me cortas as flores brancas
como neves, duras e delicadas”.
Subi à ácida montanha,
busquei as flores onde alvejam,
entre as rochas existindo
meio dormidas e despertas.
Quando desci com minha carga,
a encontrei a metade da pradaria.
e fui cubrindo-a frenética
com uma torrente de açucenas
e sem olhar-se a brancura,
ela me disse: “Tu carregas
agora só flores vermelhas.
Eu não posso passar a pradaria”.
Subi as penas com o veado
e busquei flores de demência,
as que avermelham e parecem
que de vermelho vivam e morram.
Gabriela Mistral, poetisa chilena, Prêmio Nobel de Literatura de 1945, poema traduzido por Maria Teresa Almeida Pina.
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 1081 leituras
other contents of AjAraujo
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Dedicado | A charrete-cegonha levava os rebentos para casa | 0 | 2.253 | 07/08/2012 - 22:46 | Português | |
Poesia/Meditação | A dor na cor da vida | 0 | 1.010 | 07/08/2012 - 22:46 | Português | |
Poesia/Dedicado | Os Catadores e o Viajante do Tempo | 1 | 2.288 | 07/08/2012 - 00:18 | Português | |
Poesia/Alegria | A busca da beleza d´alma | 2 | 2.375 | 07/02/2012 - 01:20 | Português | |
Poesia/Dedicado | Amigos verdadeiros | 2 | 3.781 | 07/02/2012 - 01:14 | Português | |
Poesia/Meditação | Por que a guerra, se há tanta terra? | 5 | 1.645 | 07/01/2012 - 17:35 | Português | |
Poesia/Intervenção | Verbo Vida | 3 | 4.000 | 07/01/2012 - 14:07 | Português | |
Poesia/Meditação | Que venha a esperança | 2 | 1.705 | 07/01/2012 - 14:04 | Português | |
Poesia/Intervenção | Neste Mundo..., de "Poemas Ocultistas" (Fernando Pessoa) | 0 | 2.085 | 07/01/2012 - 13:34 | Português | |
Poesia/Intervenção | Do Eterno Erro, de "Poemas Ocultistas" (Fernando Pessoa) | 0 | 5.460 | 07/01/2012 - 13:34 | Português | |
Poesia/Intervenção | O Segredo da Busca, de "Poemas Ocultistas" (Fernando Pessoa) | 0 | 1.024 | 07/01/2012 - 13:34 | Português | |
Poesia/Dedicado | Canções sem Palavras - III | 0 | 1.435 | 06/30/2012 - 22:24 | Português | |
Poesia/Intervenção | Seja Feliz! | 0 | 2.102 | 06/30/2012 - 22:14 | Português | |
Poesia/Meditação | Tempo sem Tempo (Mario Benedetti) | 1 | 2.704 | 06/25/2012 - 22:04 | Português | |
Poesia/Dedicado | Uma Mulher Nua No Escuro | 0 | 3.552 | 06/25/2012 - 13:19 | Português | |
Poesia/Amor | Todavia (Mario Benedetti) | 0 | 2.341 | 06/25/2012 - 13:19 | Português | |
Poesia/Intervenção | E Você? (Charles Bukowski) | 0 | 1.964 | 06/24/2012 - 13:40 | Português | |
Poesia/Aforismo | Se nega a dizer não (Charles Bukowski) | 0 | 1.640 | 06/24/2012 - 13:37 | Português | |
Poesia/Aforismo | Sua Melhor Arte (Charles Bukowski) | 0 | 1.367 | 06/24/2012 - 13:33 | Português | |
Poesia/Tristeza | Não pode ser um sim... | 1 | 1.582 | 06/22/2012 - 15:16 | Português | |
Poesia/Aforismo | Era a Memória Ardente a Inclinar-se (Walter Benjamin) | 1 | 1.347 | 06/21/2012 - 17:29 | Português | |
Poesia/Amizade | A Mão que a Seu Amigo Hesita em Dar-se (Walter Benjamin) | 0 | 2.142 | 06/21/2012 - 00:45 | Português | |
Poesia/Aforismo | Vibra o Passado em Tudo o que Palpita (Walter Benjamin) | 0 | 2.057 | 06/21/2012 - 00:45 | Português | |
Poesia/Aforismo | O Terço | 0 | 1.405 | 06/20/2012 - 00:26 | Português | |
Poesia/Desilusão | De sombras e mentiras | 0 | 0 | 06/20/2012 - 00:23 | Português |
Add comment