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FUI Á GUERRA
FUI À GUERRA
e partida estavam os olhos meus,
Estava triste e à mercê de Deus,
Dum lado tinha um mar de gente,
Com o coração apertado e a tremer,
Por não saber se os seus entes queridos iriam volver,
E do outro lado tinha o mar que nada sente.
Às ordens do poder estava com vontade de chorar,
Para bem longe partir, para além - mar,
Sentia revolta, tristeza e nada podia fazer,
Se não partir para uma guerra sem sentido,
Sem ter a certeza se um dia aqui era volvido,
À terra que um dia me viu nascer.
Entre choros, lenços brancos lágrimas e gritos,
Estávamos ali todos muito tristes e aflitos,
Para uma despedida sem sabermos se havia regresso,
Aquele monstro flutuante estava bem saciado,
Com o seu ventre cheio de um corpo armado,
E a mente confusa, virada do avesso.
Parti para o outro lado do mar,
Pronto para me defender e matar,
E assim dei início a uma máquina de guerra,
Durante um ror de tempo que não mais tinha fim,
Com tantas saudades do lugar donde vim,
Obrigado a cumprir uma missão nesta terra.
Entre tantos mortos, estropiados e feridos,
O tempo cessou sem haver vencedores e vencidos,
De regresso ao meu país de nascimento,
Cheio de traumas e uma arreliante depressão,
Que ainda hoje afecta o meu coração,
E me causa tanto sofrimento.
Tantos anos volvidos ainda naquela guerra combato,
Nos meus sonhos que me deixam assustado,
O poder nunca mais quis saber como eu estou,
Sofro sozinho com os meus fantasmas de guerra,
Adquiridos naquela distante terra,
E ninguém comigo mais se importou.
2008-Estêvão
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