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Gênese da Luz

O futuro traz uma breve leitura da vida,
Tracejando o passado marcado nas estrelas.
As estrelas são lembranças.
As horas, intervalos pontilhados de seus passos,
E a luz?
Ei-la aí! Aí está!

Não a tinhamos diante do olhar, mas vinha.
Uma vigília ao redor do berço.
Veloz, venceu todas as medidas do pensamento.
Brilhou desde um tempo que chega até nós...
Não a sinto em cada momento, mas está em batidas sôfregas existindo num ilimitado pulsar dentro de nós...

Farol que frequenta o espírito pelos fios de uma fagulha... Luz mais fina que uma agulha.
Amor infinito que guarda seu brilho
Em alguém a quem chama de filho.

Não veio enumerar as falhas do meu passado,
Sempre presente com algo mais a revelar, revelando-se.
Na dúvida, vem e nos deixa um som suave,
Traço de uma certeza crepuscular.

Estavam a segui-la de longe em veloz sintonia o fogo e o som.
Cansados, pousaram algum tempo sobre minha cabeça.
Música excêntrica, exótica e intensa...
Iluminaram na forma de um livro o meu olhar.
Falavam-me de eras de esquecimento;
Acenderam-me esperanças,
Trouxeram-me lembranças de quando o mundo ainda era uma simples criança.

Antes, pousavam em esferas, deitavam no barro, sopravam espíritos, cantavam no espaço...
Homens com em si se elevaram, retumbantes, esses se formavam como gigantes.

Iluminuras, trovoadas e folguedos tranformando tempos de descrença na renascença de um novo berço...
Mistérios e medos? tudo era segredo a se revelar.

E vocês – perguntei–, quando se tocam, o que há?
Respoderam-me que, quando se beijam, fogo e Som formam palavras.

"Enquanto o tempo segue,
Nascem dias e sóis para os homens leitores infinitos.
Nós somos a palavra"– diziam.
Indaguei mais uma vez: Como?

"Quando o tempo passa, o fogo é um rastro e o som vai ao espaço.
Nós descansamos dessa longa jornada nas mentes fervorosas e nas mãos trabalhadoras
dos homens fiéis, fiéis construtores".

Engenhamos a vida pelo amor desses dois...

E o mundo dá voltas em mil quimeras, girando a Terra, em volta da esfera filho desses dois.

O Sol? — me perguntas.
Sim, o Sol desse beijo se tornou belo feito...
Um presente de luz em milhões de explosões.

O AMOR é o caminho que seguiram o fogo e o som até nós.

E a luz?

A luz é um grito que vem a nós num eco:

Faça-se a LUZ...

E a luz foi feita.

Bruno Resende Ramos.

Nasceu em Viçosa, Minas Gerais, aos 5 dias de março de 1969. Filho de Edir de Resende Ramos e João Lopes Ramos. Formou-se em Letras e Artes pela Universidade Federal de Viçosa e cursou Pós-graduação em Língua Inglesa.

Livros: Coletâneas "Poemas e outros encantos", "Contos e Crônicas para viagem", "Livre Pensar Literário", "Semeando idéias... Colhendo poemas", "Infância que te quero ter", e técnicos "Plantio Econômico e Prático de Eucalipto", "Combate às Formigas - Cortadeiras".

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terça-feira, maio 25, 2010 - 02:50

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