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Gerações, o que geram?
De longe, vi brilhar festivo
Arco-iris de luz
Em mil matizes de cores.
Formas mistas, formas múltiplas...
Múltiplo de vidas
Sobre múltiplos odores.
Vi pássaros assentarem ali abrigo
Depois de revoadas frenéticas.
Aves em mergulho, barulhos de festa...
Homens fartos de miséria.
Sobre as gerações, vi que somem como tudo.
Raiz que se oculta em dutos de vergonha.
Ainda longe, senti
Alimentadas as gentes,
Aquecidas nesse espectro demente;
Reuniam vozes e vapores nas fogueiras,
Flashs de álbuns nus.
Alegria confessa.
Gerações, o que temos? – perguntavam-se.
Ao chegar bem mais perto,
Vi que eram repletos
De riquezas incontáveis,
Possibilidades infinitas,
Múltipla morte sobre múltipla vida.
Gerações resolvidas com seus sólidos.
Gratuitas, as coisas
Davam-se a sobrar,
Fartura ilimitada, em dobro, em cêntuplo
Eis o que possuia o povo.
Vidas a se alimentar do farto renovo.
Gerações produtivas...
Resultados alquímicos da vida
Quem lá estivesse, preservado,
viria um anjo pousar;
É a lei que o nutre,
A Lei do Abutre.
A lei humana de sua eterna miséria.
A sentinela em pessoa, em penas e folhas
Ao meu lado, começou a falar
"Eis o que o mundo gera!
Nada mais que isso.
O Bicho Cão da esfera
Alimentado sobre a terra
Via todo o desperdício.
É o que o mundo que gera,
É isso!
Apontava o dedo para mim,
Apontava-o em seguida para o lixo.
Bruno Resende Ramos.
Nasceu em Viçosa, Minas Gerais, aos 5 dias de março de 1969. Filho de Edir de Resende Ramos e João Lopes Ramos. Formou-se em Letras e Artes pela Universidade Federal de Viçosa e cursou Pós-graduação em Língua Inglesa.
Livros: Coletâneas "Poemas e outros encantos", "Contos e Crônicas para viagem", "Livre Pensar Literário", "Semeando idéias... Colhendo poemas", "Infância que te quero ter", e técnicos "Plantio Econômico e Prático de Eucalipto", "Combate às Formigas - Cortadeiras".
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Comentários
Re: Gerações, o que geram?
Bom poema!!!
:-)
Re: Gerações, o que geram?
Bem pensado e escrito.
Alcantra