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GRITO QUE FLAMA A BOCA …

Arrepios vazam os calores da pele.
As flores ficam sem pétalas.

O céu escurece em fel.

Mentiras amuralham-se verdade.

As musas anestesiam-se de invisibilidade.
A voz flutua em remoinho espesso.

O amor morre.

A lua corre sem luar.

O mundo fica isolado
por entre multidões garridas.

Omnipotências tornam-se relvas daninhas.

A alma do vento,
dorme sobre as horas sozinhas
no labirinto das insónias da madrugada.

As paixões ficam roxas de nada,
varridas gravilhas dos olhos sem respiração.

Oásis de sede.
Os poemas estrondam
em saudade e sofrimento.

Os desertos ceiam os prados da vida.

Aos perfumes secam as olências.
A morte afia os cardos.
O fogo apaga-se.

A cinza medra.

A fantasia espanca o corpo.

Os beijos perdem os néctares do romance.
Os lábios fossilizam-se sob lágrimas.
Os sexos seivam desencantos.

As mãos entrelaçam-se ao silêncio.
Os olhares desfazem-se em trânsitos cegos.

Palavras destruídas
pelo enrodilhar de línguas desafinadas.

O inferno arde no grito que flama a boca
em tempestade que resmunga tristezas galopantes.

Os amantes já não se amam.

As canções já não se cantam.

A noite assenhoreia-se do pensar
em sonhos tatuados no sono do acordar.

Os anjos desaparecem como pedras no fundo do mar.

O ar deixou de voar.
.
.
.
.

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sábado, maio 26, 2012 - 01:50

Poesia :

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Henrique

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