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Imprevisto

Imprevisto o liberto esvoaçar da melodia
Na anatomia de um fantasma entreaberto,
Do fulgir vago intermitente provem a calmaria,
E o conceito de infinito é por fim redescoberto;

Relegado na incerteza da breve hesitação,
Retorcido a versões de uma substância negra,
De enredo ignoto enfim purificado por ablução,
Permeado ao relento e olvidado na sua íntegra;

Anui ao quasi-humano seu repouso restante,
Exceptuando quando luz se meneia em redor,
Entrevê-se a súbita brisa através da vereda errante

Por olhos cansados, de extenso silêncio sua cor,
Espelham-se no opaco, num franzino semblante
E cintilam breves, minorados ao seu exíguo clamor.

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sábado, fevereiro 6, 2010 - 00:34

Poesia :

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Papel

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Comentários

imagem de RobertoEstevesdaFonseca

Re: Imprevisto

Parabéns pelo belo poema.

Um abraço,
Roberto

imagem de MarneDulinski

Re: Imprevisto

LINDO POEMA, GOSTEI!
Meus parabéns,
Marne

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