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INFINITO CONTÍNUO

Não sou nada.

Sou de tamanho tão minúsculo,
quase que sem tamanho no universo quão tudo, quão vós.

E esse tão insignificante minúsculo,
significa ser um haver de mim mais do que nada.

Portanto… Nada, é que eu não sou!

Não sou perfeito.

Tenho forma de curvas e contra curvas.
Um corpo emprestado pela natureza, tão frágil
quando comparado com as rochas que levam o rio ao colo.

Mas se tenho forma e sou frágil, tenho limites.

Se tenho limites… Imperfeito, é que eu não sou!

Não sou eterno.

Não dependo apenas de estar vivo para viver.

Sinto dor, calor e frio, sede e fome, solto-me
à boleia das minhas lágrimas, prendo o mundo ao meu olhar.

Preciso do ar, mais do que para respirar, mais do que para voar.
Para amar e escrever o silêncio da minha alma pelo fragor do céu.

Se amo e voo, estou apto para ser tudo,
invisível, montanha, mar, sol, homem, amante… Eu!

Sei alegrar-me na solidão, ver no escuro.
Sei porém que me entristeço também por entre a multidão.

Se sorrio e choro… Mortal, é que eu não sou!

Não reduzo a velocidade da luz.

Vivo como o tempo, sem início.
Acabar como o tempo no infinito contínuo.

As emoções são combustíveis das acções.
E tudo, por mais muito pouco acto que seja, é feito
para todo o sempre, para agoras que esperam o meu nome.

Tenho identidade… Imóvel, é que eu não sou!

 

 

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terça-feira, janeiro 17, 2012 - 21:13

Poesia :

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Henrique

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