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Interdição do desejo
Eclipse no olhar,
Interdição do desejo,
Sol miguante,
Lampiões ao vento.
A rua sustenta pés desolados,
A vida um morro que aponta o céu, mas não se completa.
Queria ir, subir...
É hora de descer à vida concreta...
A estrela tremula dentro de uma lágrima incompleta...
Queria dizer e não soube...
Queria ouvir e nada houve.
Antes de um sim,
Toda a vida ainda é desejo,
Todo desejo, interdição.
Bruno Resende Ramos
Nasceu em Viçosa, Minas Gerais, aos 5 dias de março de 1969. Filho de Edir de Resende Ramos e João Lopes Ramos. Formou-se em Letras e Artes pela Universidade Federal de Viçosa e cursou Pós-graduação em Língua Inglesa.
Livros: Coletâneas "Poemas e outros encantos", "Contos e Crônicas para viagem", "Livre Pensar Literário", "Semeando idéias... Colhendo poemas", "Infância que te quero ter", e técnicos "Plantio Econômico e Prático de Eucalipto", "Combate às Formigas - Cortadeiras".
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brunoteenager
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Comentários
Re: Interdição do desejo
Solidão... Lindamente triste, adorei Bruno!
Amei esses trechos:
"A vida um morro que aponta o céu, mas não se completa".
"Queria dizer e não soube...
Queria ouvir e nada houve."
Bjos ;)
Re: Interdição do desejo
"Queria dizer e não soube...
Queria ouvir e nada houve..."
É triste querer falar sem ter voz. E querer ouvir onde nada há. Se nada há, nem som se ouvirá, somente silêncio, reinará.
Parabéns pelo lindo poema.
um abraço,
REF
Re: Interdição do desejo
brunoteenager!
Interdição do desejo
Antes de um sim,
Toda a vida ainda é desejo,
Todo desejo, interdição.
lindo Poema, meus parabéns!
MarneDulinski