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Por que tu
não pára, homem?
Por que não deixas
o Mundo
em sossego?
O que esperas
encontrar nesse
outro lugar?
O amor que
nunca teve?
A paz que
sempre te fugiu?
São quimeras,
homem.
A vida haverá
de se repetir
e teus horrores
voltarão.
De novo cobrar-te-ão
a felicidade
que não tens.
O vigor que
te deixou
e o dinheiro
que acabou.
Cobrar-te-ão,
homem,
o que já não és!

Talvez,
voz do Conselho,
talvez...
Entretanto, irei;
morde-me ainda
o gosto e a vontade
de ser feliz.
Ainda respiro
o incerto prazer
da andança.
E ainda sonho
com a felicidade
dos ingênuos.
Aqui, algumas camas,
oferecem-se-me;
mas já não quero
o vazio de antes,
de durante e de depois.
Eu só quero,
voz da Razão,
tentar novamente
e quem sabe,
virar gente?
Eu só quero,
voz do Sizo,
libertar meu riso
e pensar que
cheguei n'algum
Paraíso.
Irei, sim,
voz da Prudência,
pois só eu sei
de minha urgência.
Só eu sei
dessa mágoa
que me domina;
e só eu sei
da esperança
que chamo de
Cristina.

Para Cristina, amada esposa.
 

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sexta-feira, setembro 30, 2011 - 12:40

Poesia :

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fabiovillela

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Comentários

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Uma explanação

Uma explanação riquíssima,

de uma alma em conflito.

Belíssimo texto,

:-)

 

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