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LÁGRIMAS
Lágrimas, dizem ser tarde.
Caem-me dos olhos
em jorro que arde os meus erros.
Lágrimas que pesam o tempo
nas entrelinhas desta solidão onde caio quieto.
Elas gritam, fitam as horas
como que um rio trespassa os seus obstáculos.
Elas dançam cara abaixo
como se lessem palavras de tristeza no meu rosto.
Solto-as tão jovens enquanto envelheço.
Lágrimas, como montanhas
que preciso escalar para chegar a algum lugar.
Lágrimas do tamanho de um mundo
que está sobre os meus ombros como nuvens
que não me interrompem ver o sol do amor brilhar.
São elas que me esfriam quando a dor ferve.
Mas são também elas que mostram o que o amor é.
É através delas que à saudade não sobra
nenhum lugar para se esconder no meu choro.
Nelas corre todo o meu sofrer.
Lágrimas que me ajudam encontrar,
a encara o meu novo Eu após cada grito.
Lágrimas que tal como o infinito
me levam longe demais em desespero de amar.
De ser mar a deslizar as praias desta vida solitária.
De ser vento
a penetrar o âmago das árvores
onde os frutos são sorrisos suculentos.
Lágrimas como chuva
a robustecer o verde dos campos da alma.
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Poesia :
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Comentários
Fez-se tarde onde as
Fez-se tarde onde as lágrimas
Chegam...
Gostei do teu poema,
É uma lágrima, assim como o titulo,
Mas muito bonito,
Beijo
Em lágrimas deslliza o
Em lágrimas deslliza o poema
em lágrimas desllizam os nossos medos.
Gostei muito.
Um abraço Henrique