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LÁGRIMAS DE AMOR …

Abismo de vertigens,

aglomeradas tolices no olhar
em voos de risos desconcertantes.

Risadas cujo rasgo sem identidade
cai tonto em nada.

Horizonte de miragens,

lábios beijados por bocas tolhidas em pranto,
sombras esquecidas e desmoronadas
até fundos invisíveis.

Exaustos gritos exaltados,

vozes que se arrastam desastradas
pelo vão de uma ponte entre as voltas das horas
e o infinito que se extingue nos destroços da utopia.

Destino de irresolutas rendas
que se enroscam às cirandas do corpo.

Sentimentos sem sentido,

linguagens que se obduram
como insanas verrumas de escuridão
a furarem a fuselagem dos pensamentos.

Deserto de saudade e sede
onde as palavras sucumbem ao silêncio.

Poeiras de ser como pássaros
a borratar de chilros o céu do tempo.

Sinuosas sinas de teimas
a embaciar os gestos da mão
com queimas de medo e hesitação.

Olhos fechados em dor
com as cores e frios da noite.

Olhares vendados por lágrimas de amor.

Assassina sorte que se empedra
como um estandarte de morte na poesia.

.
.
.
.

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quinta-feira, abril 25, 2013 - 19:48

Poesia :

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Henrique

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Lágrimas de Amor

O poema mais bonito que li hoje. Ele acumula em si uma série de conflitos num todo que me fala dum presente sedento de harmonia e de paz. Foi a forma como o senti, e gostei muito dele. Parabéns, Henrique.

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