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LAMENTO - SERTANEJO


Oh Deus que no arto do céu seja lovado,
Tenha cum esse matuto mais paciênça.
Coloque a gente mais nuis seus agrado...
Pois somo caricido de sua cremência.
Já que vivemo nesse chão disabrigado,
Renegado de sua divina providênça.

Nois num sabemo direito cumo faze as oração...
E ais veis num fazemo direito os pidido.
E aqui no ermo do nosso sertão,
O dia a dia já é assim tão sufrido.
Prumodi que sem chuva num vinga a prantação...
E sem a prantação istamo todos perdido.

Mais é certo que esse pobre capial...
Que num sabe de certo faze oração.
Nunca acho que tivesse fazeno o mal...
Pidino chuva pra esse nosso chão.
Só num era priciso manda um temporal...
Pra dexá nois ainda mais na mão.

O que nois quiria era do Sinhô...
Era que chuvesse um poquim,
Pramodi moiá a terra seca e esse pó...
Prumodi agente prantá um cadim.
E cum a água do nosso suó...
Curtivá pra vê nacê alguns ramim.

Mais o sinhô parece que ficô zangado?
Prucauso de nossa apelação.
E arrezorveu mandar essa chuvada...
Que alagô todo o sertão.
Dexano nois pobre disabrigados...
Na mais triste situação.

Prumodi disso sinhô Deus unipotente,
Se o sinhô num quisê ovi esse pobre matuto.
Num castigue mais assim tão intermitente,
Esses que são só coro e vurto.
Nada semo alem de pobre vivente,
Que na vida nunca teve um miricimento justo.

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quinta-feira, maio 12, 2011 - 12:12

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POETA DE BRASILIA

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