CONCURSOS:

Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia?  Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.

 

Leningrado (Ossip Mandelstam)

Regressei a minha cidade, conhecida até às lágrimas,
Até as veias, as inflamadas glândulas das crianças.

Tu regressaste para cá, então bebe de um gole
O óleo de peixe dos faróis fluviais de Leningrado.

Descubra logo o pequeno dia de dezembro,
Onde a gema mistura-se ao funesto breu.

Petersburgo! Eu ainda não quero morrer:
Tu ainda tens de meus telefones os números.

Petersburgo! Ainda tenho os endereços,
Pelos quais acharei as vozes dos mortos.

Vivo na escada de fora, e na têmpora
Me golpeia a campainha brutalmente sacada.

E por toda noite aguardo visitas queridas,
Chacoalhando as correntes das portas.

Ossip Mandelstam, poeta russo. Poema traduzido por Francisco Araújo.

Submited by

domingo, agosto 28, 2011 - 19:24

Poesia :

No votes yet

AjAraujo

imagem de AjAraujo
Offline
Título: Membro
Última vez online: há 6 anos 46 semanas
Membro desde: 10/29/2009
Conteúdos:
Pontos: 15584

Add comment

Se logue para poder enviar comentários

other contents of AjAraujo

Tópico Título Respostas Views Last Postícone de ordenação Língua
Poesia/Dedicado Auto de Natal 2 3.762 12/16/2009 - 02:43 Português
Poesia/Meditação Natal: A paz do Menino Deus! 2 5.317 12/13/2009 - 11:32 Português
Poesia/Aforismo Uma crônica de Natal 3 4.301 11/26/2009 - 03:00 Português
Poesia/Dedicado Natal: uma prece 1 2.973 11/24/2009 - 11:28 Português
Poesia/Dedicado Arcas de Natal 3 5.698 11/20/2009 - 03:02 Português
Poesia/Meditação Queria apenas falar de um Natal... 3 6.432 11/15/2009 - 20:54 Português