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LETHARGIA - ( Henrique & Giraldoff )
Vazio é o verso no vácuo vertido
Estático é o fogo na inércia ateado
Inerte é o rosto
o recluso retrato
Em suspenso compasso
A letárgica flama
A liturgia insana
Na ausência todo o tempo é lento
Assim como destituídas são todas as horas
Empoleação alucinogénica,
descontinuação momentânea… desperdícios lúcidos.
L E T A L
Esboço residente,
Parasita pelo rente da madrugada,
absorvendo do olhar os sangues despercebidos
de uma lágrima insone.
Estrela que cai
sobre um poema em branco
sem trapézio.
Palavra defunta transportando lugares sem fronteira…
(…da mente à morte…)
O Verbo à beira de ser trágico.
Acontecer destituído do compasso
ocorrido à sorte.
Insignificância que sorteia a porta,
por onde entrar a semente exumada da bofetada
( promíscua )
que me acorde . . . . ..... . . . . . . . . deste letárgico estar.
.
.
.
.
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