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LUAR QUE A SEDE CEIA

Poemas de arame farpado
que o olhar soletra. Que o peito bebe.

Lágrima funda
como bicho zune a sua fome feia.
Noite sem estrelas. Luar que a sede ceia.

Gota em espinho que desliza pela cara
como uma palavra de pedra no céu da boca.

Voz escrita em sobressalto.
Gago salto pela margem do tempo
de onde o abismo surge numa ausência de sentido.

Nasce na boca a sombra que ata a língua
ao tronco do silêncio a boiar no mar da alma.

Pântano de sinas num gesto sem destinatário.
Instante de lábios pró ar, incompleto.

É o choro um vento
que procura nas árvores o seu rosto.
Como mão cega à superfície de tudo. Em resto de nada.

Correntes de insónia destravam os moinhos
do pensamento numa tristeza que mói o corpo.

 

Que avivam a dor.

 

 

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quarta-feira, outubro 12, 2011 - 22:57

Poesia :

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Henrique

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