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A MÁQUINA PARIU

A tua alma,

é o vidro que me separa do que sou.

Um espelho que o destino embaciou em sombra.

O reflexo que te distanciou dos meus impulsos.

Palco de fogueiras que o acaso incendeia.

Fogueiras cujas danças bailam fumos despoluídos.

Página por escrever por escrever em branco.

A passadeira vermelha do meu pensar.

Vermelho paixão.

Passagem para mil dimensões.

Febre de Sábado À Noite

na correria das minhas palavras.

Furacões feitos de arrepios!

Formigueiros que nos colam as bocas.

Palavras ditas língua a língua.

Escritas corpo a corpo.

Lidas mão na mão.

Palavras que gritam o tempo que não tivemos.

Gritos carentes…

por quem o próprio silêncio se apaixonou.

És um anfiteatro que me espera cheio de gente.

Multidão!

Deleite em fogo!

És o meu acto atómico.

Momentos tamanhos aos montes!

Emoções!

Mar de ecos derretidos pelos tesões

de um sol de beijos.

Cardume de pecados sem tacto.

Sol que vale por mil sóis

de um gesto nosso entre os lençóis.

Em ti vivo.

Me deito e me faço.

De ti sou a lembrança de uma vez

que nunca nós foi.

Desse nunca nós,

ficam na garganta os nós,

dós e ansiedade.

Dois pássaros

na madrugada de uma cama fria.

Sem metade.

A tua alma e tudo mais que carne...

incluindo a carne.

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sábado, março 31, 2012 - 23:47

Poesia :

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Henrique

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