CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
MÃOS COMO NAUS À DERIVA SEM VENTO
Escutar que me cega,
lira que me agrega à bonomia do tempo.
Silêncio como culpa que me acusa silvestre.
Em dor. Javali solitário
por entre os matagais das palavras.
Vésperas como vespas contumazes no ar.
Perfeitas como cobras
que mordem o pulso da poesia
cujo veneno insinua a alma pelas fragas.
Merengue que zela ermo.
Grito à nora pelo gelo que me alveja
de mãos juntas como berço feito de pragas.
Saudade que me queda,
que me tende desagasalhado pelo inverno
que se tomba triturado a meu lado como solidão.
Os olhos como janela fechada.
O corpo atirado ao charco das minhas lágrimas.
Os lábios cerrados num gesto sem beijo que me cale.
Lobo sem luar onde uivar.
O sorriso em caos dentro de mim.
As minhas mãos como naus à deriva sem vento.
As horas presas
na teia das suas próprias voltas.
O calendário em quebra pelo poço da noite.
Sinto pedra a minha alma nesse mar
de cepos que esperam o pescoço da minha voz.
Sangue de carrasca sombra em borrasca que me afoga.
Queixume que me afaga o passo,
maré de nada que me enrola à luz do rosto
qual imagem de areia bravia a tempestade desnude.
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 586 leituras
other contents of Henrique
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Pensamentos | DA POESIA | 1 | 9.117 | 05/26/2020 - 22:50 | Português | |
Videos/Outros | Já viram o Pedro abrunhosa sem óculos? Pois ora aqui o têm. | 1 | 50.446 | 06/11/2019 - 08:39 | Português | |
Poesia/Tristeza | TEUS OLHOS SÃO NADA | 1 | 8.229 | 03/06/2018 - 20:51 | Português | |
Poesia/Pensamentos | ONDE O INFINITO SEJA O PRINCÍPIO | 4 | 9.410 | 02/28/2018 - 16:42 | Português | |
Poesia/Pensamentos | APALPOS INTERMITENTES | 0 | 8.204 | 02/10/2015 - 21:50 | Português | |
Poesia/Aforismo | AQUILO QUE O JUÍZO É | 0 | 8.136 | 02/03/2015 - 19:08 | Português | |
Poesia/Pensamentos | ISENTO DE AMAR | 0 | 8.044 | 02/02/2015 - 20:08 | Português | |
Poesia/Amor | LUME MAIS DO QUE ACESO | 0 | 8.517 | 02/01/2015 - 21:51 | Português | |
Poesia/Pensamentos | PELO TEMPO | 0 | 6.904 | 01/31/2015 - 20:34 | Português | |
Poesia/Pensamentos | DO AMOR | 0 | 6.741 | 01/30/2015 - 20:48 | Português | |
Poesia/Pensamentos | DO SENTIMENTO | 0 | 6.469 | 01/29/2015 - 21:55 | Português | |
Poesia/Pensamentos | DO PENSAMENTO | 0 | 7.906 | 01/29/2015 - 18:53 | Português | |
Poesia/Pensamentos | DO SONHO | 0 | 5.881 | 01/29/2015 - 00:04 | Português | |
Poesia/Pensamentos | DO SILÊNCIO | 0 | 6.993 | 01/28/2015 - 23:36 | Português | |
Poesia/Pensamentos | DA CALMA | 0 | 6.200 | 01/28/2015 - 20:27 | Português | |
Poesia/Pensamentos | REPASTO DE ESQUECIMENTO | 0 | 5.523 | 01/27/2015 - 21:48 | Português | |
Poesia/Pensamentos | MORRER QUE POR DENTRO DA PELE VIVE | 0 | 7.463 | 01/27/2015 - 15:59 | Português | |
Poesia/Aforismo | NENHUMA MULTIDÃO O SERÁ | 0 | 6.819 | 01/26/2015 - 19:44 | Português | |
Poesia/Pensamentos | SILENCIOSA SOMBRA DE SOLIDÃO | 0 | 7.476 | 01/25/2015 - 21:36 | Português | |
Poesia/Pensamentos | MIGALHAS DE SAUDADE | 0 | 6.522 | 01/22/2015 - 21:32 | Português | |
Poesia/Pensamentos | ONDE O AMOR SEMEIA E COLHE A SOLIDÃO | 0 | 6.297 | 01/21/2015 - 17:00 | Português | |
Poesia/Pensamentos | PALAVRAS À LUPA | 0 | 6.429 | 01/20/2015 - 18:38 | Português | |
Poesia/Pensamentos | MADRESSILVA | 0 | 5.342 | 01/19/2015 - 20:07 | Português | |
Poesia/Pensamentos | NA SOLIDÃO | 0 | 8.378 | 01/17/2015 - 22:32 | Português | |
Poesia/Pensamentos | LÁPIS DE SER | 0 | 7.730 | 01/16/2015 - 19:47 | Português |
Add comment