CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
MÃOS QUE FOGEM AO TERROR DO POUCO
Da força,
a lágrima convence-se
da concepção da carne nos astros,
a velocidade da saudade enxota os cadáveres.
Do pensamento,
o ruído sobra em ares de ser
onde endurece o horizonte atrás de uma porta.
Do sim,
cantam as pernas ao vento
que apalpa o olhar com terras prometidas,
luzes de unhas roídas servem de passagem aos passantes.
Das mãos,
o basta permanece num mundo fechado,
as ruas são braços que fogem ao terror do pouco.
Do não,
a abundância é desperdício,
relógios sempre prontos a matar o tempo.
Das flores,
a preciosidade é o amor que torna a noite jovial.
Do silêncio,
a manhã é o ouro da vida,
o beijo a eira da agitação de esperanças.
Do sonho,
sois sem lume desenganam as coisas rudes,
muros de tédio juntando zeros às miudezas do passado.
Da alma,
os pedaços dividem-se
em desertos onde se recolhe a voz,
em águas onde se afoga a importância humana,
em montanhas onde somos escravos do grande ninguém.
Da alma,
o pedaço que resta silvado
são glaciares onde a morte perde o fôlego.
Do complexo,
o consenso são procuras longe,
multidões invadidas por formas do nada.
De mim,
as palavras são geometrias de ausência.
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 596 leituras
Add comment
other contents of Henrique
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Pensamentos | DA POESIA | 1 | 9.556 | 05/26/2020 - 22:50 | Português | |
![]() |
Videos/Outros | Já viram o Pedro abrunhosa sem óculos? Pois ora aqui o têm. | 1 | 51.941 | 06/11/2019 - 08:39 | Português |
Poesia/Tristeza | TEUS OLHOS SÃO NADA | 1 | 9.011 | 03/06/2018 - 20:51 | Português | |
Poesia/Pensamentos | ONDE O INFINITO SEJA O PRINCÍPIO | 4 | 10.420 | 02/28/2018 - 16:42 | Português | |
Poesia/Pensamentos | APALPOS INTERMITENTES | 0 | 9.095 | 02/10/2015 - 21:50 | Português | |
Poesia/Aforismo | AQUILO QUE O JUÍZO É | 0 | 8.922 | 02/03/2015 - 19:08 | Português | |
Poesia/Pensamentos | ISENTO DE AMAR | 0 | 8.833 | 02/02/2015 - 20:08 | Português | |
Poesia/Amor | LUME MAIS DO QUE ACESO | 0 | 9.539 | 02/01/2015 - 21:51 | Português | |
Poesia/Pensamentos | PELO TEMPO | 0 | 7.589 | 01/31/2015 - 20:34 | Português | |
Poesia/Pensamentos | DO AMOR | 0 | 7.658 | 01/30/2015 - 20:48 | Português | |
Poesia/Pensamentos | DO SENTIMENTO | 0 | 7.247 | 01/29/2015 - 21:55 | Português | |
Poesia/Pensamentos | DO PENSAMENTO | 0 | 8.822 | 01/29/2015 - 18:53 | Português | |
Poesia/Pensamentos | DO SONHO | 0 | 6.697 | 01/29/2015 - 00:04 | Português | |
Poesia/Pensamentos | DO SILÊNCIO | 0 | 7.583 | 01/28/2015 - 23:36 | Português | |
Poesia/Pensamentos | DA CALMA | 0 | 6.539 | 01/28/2015 - 20:27 | Português | |
Poesia/Pensamentos | REPASTO DE ESQUECIMENTO | 0 | 6.074 | 01/27/2015 - 21:48 | Português | |
Poesia/Pensamentos | MORRER QUE POR DENTRO DA PELE VIVE | 0 | 8.580 | 01/27/2015 - 15:59 | Português | |
Poesia/Aforismo | NENHUMA MULTIDÃO O SERÁ | 0 | 7.702 | 01/26/2015 - 19:44 | Português | |
Poesia/Pensamentos | SILENCIOSA SOMBRA DE SOLIDÃO | 0 | 8.012 | 01/25/2015 - 21:36 | Português | |
Poesia/Pensamentos | MIGALHAS DE SAUDADE | 0 | 7.754 | 01/22/2015 - 21:32 | Português | |
Poesia/Pensamentos | ONDE O AMOR SEMEIA E COLHE A SOLIDÃO | 0 | 7.010 | 01/21/2015 - 17:00 | Português | |
Poesia/Pensamentos | PALAVRAS À LUPA | 0 | 6.873 | 01/20/2015 - 18:38 | Português | |
Poesia/Pensamentos | MADRESSILVA | 0 | 5.836 | 01/19/2015 - 20:07 | Português | |
Poesia/Pensamentos | NA SOLIDÃO | 0 | 9.180 | 01/17/2015 - 22:32 | Português | |
Poesia/Pensamentos | LÁPIS DE SER | 0 | 8.824 | 01/16/2015 - 19:47 | Português |
Comentários
Poema perfeito com um findar
Poema perfeito com um findar incrivel ...
Sempre bom te ler !!!
Beijos
Susan
mãos que fogem ao terror do pouco
De difícil compreensão pelo tom meio filosófico e especulativo,
é a sua forma de poetar.
Mas gosto dele. Inebria-me, até.
Duro, pela força da lágrima e pelo ruído do pensamento,
amolece a alma o silêncio da manhã e o sonho
e as palavras geometrias de silêncios do poeta.