CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Meu filho (carta a um filho com depressao)
Estimado filho...
O que posso dizer,
ou o que posso fazer,
por você? Por nós?
Se tento escutar-te
insisto, procuro-te
mas, você anda tão fechado.
caminha tão absorto.
Se tento perscrutar,
invisto, lanço-te
um pequeno olhar, um gesto,
mas, você cerra as pálpebras.
Se tento te falar,
ao vento, se vão as palavras,
você não quer mais conversar,
tergiversa e volta ao que estava fazendo.
Se nada digo,
Se nada faço,
Então fica tudo como está?
O que restará
nesse mundo de silêncio?
neste muro interposto?
Se dê apenas uma oportunidade,
para aplacar o que você sente.
Ainda que de longe,
observando você mergulhar
no doce caminho da música
tocando sua guitarra noite adentro
Continuo a procurar um meio,
uma porta para falar ao seu coração,
como seu pai e velho amigo,
hoje ignorado e desconhecido.
Muitas vezes no sentimos
feito um vulcão
que morre em lavras,
pra depois se deixar renascer em ilhas.
Todos temos direito,
ao nosso momento de busca interior,
por isso respeito a tua vontade, dói lhe ver assim
todavia, torço que você encontre o seu caminho.
Olhe filho, a indiferença é algo
muito forte e cultivado no mundo atual.
Nós precisamos lançar as sementes
da concórdia entre as pessoas.
Aprender a perdoar
do mesmo jeito que se aprende a amar,
Dialogar ainda é o melhor caminho,
para o entendimento entre os homens (e porque não dizer entre os pais e os filhos)
Se você prefere ficar assim,
Sofre você, sofremos todos nós.
Sabe porque?
Por uma razão muito forte:
Por que nós gostamos de você.
AjAraújo, o poeta humanista, escrito em junho de 2003, a propósito do drama de um filho com quadro depressivo.
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 5224 leituras
Add comment
other contents of AjAraujo
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Dedicado | A charrete-cegonha levava os rebentos para casa | 0 | 2.186 | 07/08/2012 - 22:46 | Português | |
Poesia/Meditação | A dor na cor da vida | 0 | 970 | 07/08/2012 - 22:46 | Português | |
Poesia/Dedicado | Os Catadores e o Viajante do Tempo | 1 | 2.247 | 07/08/2012 - 00:18 | Português | |
Poesia/Alegria | A busca da beleza d´alma | 2 | 2.338 | 07/02/2012 - 01:20 | Português | |
Poesia/Dedicado | Amigos verdadeiros | 2 | 3.748 | 07/02/2012 - 01:14 | Português | |
Poesia/Meditação | Por que a guerra, se há tanta terra? | 5 | 1.594 | 07/01/2012 - 17:35 | Português | |
Poesia/Intervenção | Verbo Vida | 3 | 3.847 | 07/01/2012 - 14:07 | Português | |
Poesia/Meditação | Que venha a esperança | 2 | 1.607 | 07/01/2012 - 14:04 | Português | |
Poesia/Intervenção | Neste Mundo..., de "Poemas Ocultistas" (Fernando Pessoa) | 0 | 2.039 | 07/01/2012 - 13:34 | Português | |
Poesia/Intervenção | Do Eterno Erro, de "Poemas Ocultistas" (Fernando Pessoa) | 0 | 5.006 | 07/01/2012 - 13:34 | Português | |
Poesia/Intervenção | O Segredo da Busca, de "Poemas Ocultistas" (Fernando Pessoa) | 0 | 947 | 07/01/2012 - 13:34 | Português | |
Poesia/Dedicado | Canções sem Palavras - III | 0 | 1.398 | 06/30/2012 - 22:24 | Português | |
Poesia/Intervenção | Seja Feliz! | 0 | 2.024 | 06/30/2012 - 22:14 | Português | |
Poesia/Meditação | Tempo sem Tempo (Mario Benedetti) | 1 | 2.621 | 06/25/2012 - 22:04 | Português | |
Poesia/Dedicado | Uma Mulher Nua No Escuro | 0 | 3.467 | 06/25/2012 - 13:19 | Português | |
Poesia/Amor | Todavia (Mario Benedetti) | 0 | 2.229 | 06/25/2012 - 13:19 | Português | |
Poesia/Intervenção | E Você? (Charles Bukowski) | 0 | 1.911 | 06/24/2012 - 13:40 | Português | |
Poesia/Aforismo | Se nega a dizer não (Charles Bukowski) | 0 | 1.609 | 06/24/2012 - 13:37 | Português | |
Poesia/Aforismo | Sua Melhor Arte (Charles Bukowski) | 0 | 1.287 | 06/24/2012 - 13:33 | Português | |
Poesia/Tristeza | Não pode ser um sim... | 1 | 1.437 | 06/22/2012 - 15:16 | Português | |
Poesia/Aforismo | Era a Memória Ardente a Inclinar-se (Walter Benjamin) | 1 | 1.315 | 06/21/2012 - 17:29 | Português | |
Poesia/Amizade | A Mão que a Seu Amigo Hesita em Dar-se (Walter Benjamin) | 0 | 2.117 | 06/21/2012 - 00:45 | Português | |
Poesia/Aforismo | Vibra o Passado em Tudo o que Palpita (Walter Benjamin) | 0 | 2.024 | 06/21/2012 - 00:45 | Português | |
Poesia/Aforismo | O Terço | 0 | 1.313 | 06/20/2012 - 00:26 | Português | |
Poesia/Desilusão | De sombras e mentiras | 0 | 0 | 06/20/2012 - 00:23 | Português |
Comentários
Aprender a perdoar do mesmo
Aprender a perdoar
do mesmo jeito que se aprende a amar,
Dialogar ainda é o melhor caminho,
para o entendimento entre os homens (e porque não dizer entre os pais e os filhos)
Re: Meu filho (carta a um filho com depressao)
AJ , QUE BONITO VER SEU AMOR PELO SEU FILHO , A DEPRESSÃO É ALGO MUITO DELICADO , ESPERO QUE ELE JÁ ESTEJA BEM MELHOR MAS SE NÃO ESTIVER SUGIRO QUE O LEVE A PASSEAR NUMA PRAÇA OUVIR O SOM DOS PÁSSAROS E RESPIRAR AR PURO , TOMAR UM SORVETE UM CAFÉ CONTAR PIADA FALAR BOBAGEM...
DEPOIS DAR-LHE UM BEIJO E UM ABRAÇO , SÃO COISAS SIMPLES PORÉM PRA QUEM TEM DEPRESSÃO JAMAIS SERÃO ESQUECIDAS.
ABRAÇOS
SUSAN