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A minha Causa
Tons avermelhados, esbatidos,
Canto melancólico nos ares
E fingimento tanto descaído como perdido
Frente a toda esta imagem tirante de bom gosto.
Sobre este céu que cinge as perdidas almofadas brancas
Perco-me nos meus segredos.
Se eu parasse de sentir
A linhagem da condição humana,
Que é perdoada pelo purificado testemunho danificado,
Seria eu completa por não te alcançar?
Se eu correr tu pararás?
Se eu desvanecer abandonar-me-às?
Deixar-me-às caída numa falsa esperança camuflada?
Andamos fora de vista por causa daqueles estalitos dolurosos
Que se manifestam cuidadosamente
Com certezas do seu alvo abatido.
Mas, a verdade, é que todos esses pedaços estihaçados
Repousam nas tuas mãos
Com vontade de fazer uma nova existência empolada.
Não posso permanecer no desolado passado,
Pois os teus olhos,
Os teus lábios,
O teu articular,
O teu todo, meu amor, me fazem engrandecer por completo.
É tempo de falarmos a verdade proclamada pelos corações
E do seu jeito pomposo aclamar o leal começo.
Estamos a pedir a mudança um ao outro.
E se te entregasse a minha causa
O motivo faria-te completar o meu tempo se te pedisse?
Temo-nos escondido tempo suficiente.
Eu posso não estar preparada mas:
Tentarei pelo teu amor.
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Poesia :
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Comentários
Re: A minha Causa
Somos uma anatomia mortal e aqui está patente que não somos nada, mas fazemos de tudo para ser tudo!!!
:-)
Re: A minha Causa
Parabéns pelo belo poema.
Um abraço,
Roberto
Re: A minha Causa
LINDO POEMA, GOSTEI MUITO!
Meus parabéns,
Marne