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Não estou a dizer insignificâncias

Exigente
Não estou aqui a dizer-te as razões pontuadas em fórmulas desmistificantes

Não, exigente!
Estou a falar às paredes da solidão que separa a solução e o debate

Não, não, não, caro exigente
Não difames minha reputação pelo que não aceitas em mim

Só não aceita e ponto

Vá, surpreendente
Na vazão dos rios pobres em água em direção ao que julgas mar

Vá, veja lá o sol que não atravessa metros abaixo de si

Veja lá, exigente!
Quantos são os inconsequentes que transcendem às horas voltadas pelo dedo indicador

Veja o relógio que marca a hora do outro

Veja lá as horas que tuas mãos deixaram para a marcação de outrém

Veja, querido inimigo
O quão inútil é essa tua luta por causas impossíveis

Entenda de uma vez que tu não és dono do giro da Terra

Entenda, desprezo fecundo
Que o teu mundo é onde mora a tua dor

Entenda, és poeta do tipo advogado de porta de prisão

Entenda, és aquele especialista cuja ferramenta ainda não se dispõe a ti

Entenda, falso amigo
Que o que te digo é para fazer-te meu amigo, meu verdadeiro amigo

Venha comigo
pare com essa pose de "sou alguém inteligente"

Sabes que essa tua classe gramatical impecável enoja?

Vá ao sub do submundo
Veja lá
Os teus eus ex-usuários de drogas ilicitas

Veja lá os teus filhos bonitinhos mortos na esquina do Lugar Nenhum

Veja lá, o bando de selvagens que se destroem por um prato de justiça

Veja, meu amigo exigente!
Que o teu senso de equilibrio impecável também está sujeito a desregulagens

Peço-te encarecidamente
Veja lá... Lá, não aqui!

Porque aqui o que há é o que pode haver,
Um punhado de sensações previsíveis do tipo: inquietação, indiferença, raiva, complacência

Por isso vá pra lá
E de dedica-te a ser tu
Assinalando a hipocrisia deste que agora tem a ti como irmão

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domingo, março 28, 2010 - 22:46

Poesia :

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robsondesouza

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Comentários

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Re: Não estou a dizer insignificâncias

Veja o relógio que marca a hora do outro...

Muito pano para mangas!!!

:-)

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