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NA TARDE QUE O CORAÇÃO APUPA
Tralhas de mim ralhas à mesa possuída de fome.
O tempo que me crava o seu bico abutre
por onde me cai o corpo.
A vontade como tapete para voar a boca dos pós
que me sacudo em grito.
Dentição suturada de dizeres escondidos
na tarde que o coração apupa.
A noite como peixe sem espinha,
carne sem osso.
A alma como espelho sem reflexo, porta grávida
de corredores nenhures num balde de luz.
Poço de candeias negadas, a cara da morte arrombada
pelo padrão do chão. Bastão de versos.
Rabiscos sem ser, curvados qual violino
se faça ouvir em choro de pio violado.
Biberão de moscas que vestem o sangue das mentiras.
Vala de iras em chio qual coro cante em guilhotina
pelo pescoço das palavras.
Nascer suspeito, vilão escolhido para morrer
nessa tômbola de heróis sem eixo.
A vida como sereia fora d´água
nas traseiras de uma tela detida nos sabores das cores.
Pigmento indesejado, interrogado por autópsias
impostas às dores dos pés.
A mão como incêndio, o fogo como dança em socorro.
Deserto de chuvas, o poema em vanidade.
Fantasma embrulhado numa vírgula.
Abandonado ai ao caminho,
o ir do olhar paraplégico na voz do silêncio.
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