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NADA DE NADA


A tarde espanca as horas com espera.

O relógio consome
as minhas voltas em curto-circuito.

A meia-noite
aprisiona o tempo sem lei da gravidade.

O meio-dia arde
como álcool nas feridas da alma.

A madrugada baila calma,
graceja como insónia em derrocada.

Ruir por onde levita o olhar sem lábia.

O corpo abandonado ao silêncio.

Mudo como um pedregulho
leve num berço de manhãs cinzentas.

Alvas de dedo apontado à solidão.

Acordar atenuado ao tempo sem cabeça.

Pontapeado sem pernas nem tronco onde me filar.

Estar à socapa num caminho
que estala escuros em queixa nos pés.

Fés agredidas pelas perícias do pensamento.

Momento violado pela vida que passa ao lado.

Nexos sem resposta na voz posta de parte.

Ser que parte para parte incerta,
como flecha cujo esticão me enterra ao chão.

Julgares como cova da mente,
nada de nada como lápide dos sonhos.

 

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sábado, agosto 20, 2011 - 23:55

Poesia :

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Henrique

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Comentários

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O terreno dos sonhos(o

O terreno dos sonhos(o nada),onde nascem poemas,belos poemas...

"Julgares como cova da mente,/ nada de nada como lápide dos sonhos."

Gostei muitosmiley

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