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Naufrágio
Afundas-te
Em um iminente naufrágio
Foste Amor
Foste Plágio
Houve sempre uma certa
Certeza
Incerta
Que me despertava
Eras lágrima se chorada
Em mim eram duas
Sorriso que em mim
Sorria
Sentia
Doía.
Naufrágio onde
O único náufrago
Fui eu.
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sábado, fevereiro 26, 2011 - 23:41
Poesia :
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Comentários
A tua bela construção poética
A tua bela construção poética nos comunica a entrega e a solidão da viajem do amar. E na vida, a solidão é inerente,mas quando a solidão é fértil e dela nasce a poesia. Assim como esse teu belo poema...
Beijo.
obrigado, por seres tão
obrigado, por seres tão querida.
gosto muito das tuas palavras,
mesmo!
beijos grandes, ate ai......
Naufrágio
Afundas-te
(vejo este afundamento em duas perspectivas: a primeira, do barco-coração aflito no meio do mar. A segunda: da alma)
Em um iminente naufrágio
(porque mesmo sem saberes o naufrágio estava iminente. Surpresa? Será que era calmo? Revolto?)
Foste Amor
(Foi amor. Poderá ainda ser ou não, mas fala-se de um amor que para o ser nunca poderia ser a solo para ter o completo sentido)
Foste Plágio
(Porque o amor é eternamente difícil de explicar, configurar e exprimir. Plagiado torna-se frágil)
Houve sempre uma certa
Certeza
(Por vezes temos a certeza de que as coisas são de ambos os lados como as sentimos)
Incerta
(Porque nessa certeza não pensamos que ela pode ser incerta, mas quando o é, é mais feroz para o corpo)
Que me despertava
(Sempre alerta)
Eras lágrima se chorada
(E se sempre houve uma lágrima do outro lado... na despedida haveria alguma. Talvez irónica e falsa...)
Em mim eram duas
(Quando se ama as lágrimas serão sempre a dobrar, pois é dentro de nós que tudo acontece. E é no exterior de nós que muitas vezes os outros se apercebem que isso acontece. Mas as lágrimas não precisam de correr pelo rosto para o serem. Há em qualquer poro uma dor que se vê)
Sorriso que em mim
Sorria
(Era a alegria do amor)
Sentia
(Quem não sente quando ama?)
Doía.
(Acho que ainda dói)
Naufrágio onde
O único náufrago
Fui eu.
(As vítimas dos naufrágios nem sempre são apenas aquelas que morrem. Àquelas que sobrevivem muda muitas vezes a forma de ver o mundo, e não a forma de sentir, mas a forma como se podem exprimir e entregar mais facilmente ao amor... àqueles que dizem que verdadeiramente nos amam. Pode ser verdade, mas o receio de naufragar novamente impede de tomar um rumo.... onde o barco possa chegar mais rápido ao seu destino: felicidade. Mas aí entramos num campo ainda mais difícil de explicar. Afinal o que é a felicidade?)
Beijos
obrigado pela tua
obrigado pela tua leitura,
adoro as análises que fazes as poesias,
deixando sempre uma pergunta no ar...
o que é a felicidade??
sabes, acho que ninguem sabe ao certo, acabando por ser uma busca
constante.
beijos grandes