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NOITE DE CHUVA …
Maré sem lua no mar crespo
do teu adeus devastador.
Sou verso exausto rua fora sem deus…
… sem crer queres-me.
Sucumbo numa noite de chuva sobre a neve nua
do teu não que me indumenta de escuridão.
Poema ebúrneo na morte dos teus lábios
sepultados em mil entorpecimentos.
Lâmina vil a pulsar nos pulsos do tempo
em que estás omnipresentemente ausente.
Insónia que sangra em vão o desamor.
Limalha de gente lascada em dor
que se crava na têmpora do pensar.
Sei de cor o caminho isolado de ti.
Passo raso sobre a calceta de amar-te
por entre as roseiras bravas das tuas lágrimas.
Sem ti, já não moro em mim.
Apagaram-se as palavras.
Calaram-se as horas.
Parou a cadência
das borboletas sobre as flores
de um jardim de poeiras onde sou jasmim sem perfume.
Primavera infectada de Inverno,
fantasma sem vulto… fumo sem lume.
Sol sem horizonte
onde me deitar sobre o leito do teu corpo,
morto pelos punhais deste desassossego insano.
Sou como que um piano trinado
por gagos chilros vindos do submundo
de uma floresta desenhada a frio por suspiros de carvão.
.
.
.
.
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Comentários
Muito bom como
Muito bom como sempre...
abraços...
....)...(@
Maravilha de texto, em cada
Maravilha de texto, em cada estrofe, um rebento abastado de escravidão. O poeta sobe ao mais alto da sua dor e exprime no seu esplendor os passos que sucumbem a sua morada; ali, no fundo do seu coração, saboreia a insónia, que sangra cristais lapidados pelo seu amor.
Aqui, amigo poeta, encontro as profundidades, várias, que minam dentro do meu peito os suburbios do verdadeiro, do colossal... Que, "já não moro em mim" como cada pedáço que se esvaia da garganta e assim tranquiliza este mar...
É simplesmente maravilhoso!
- Palmas! Lindo; profundo e tocante. A tua beleza não tem olhos, mas sim um momento em que, ao ler-te, tua Aura emana.
Parabéns. Podia ficar aqui a comentar cada particula do teu texto e sentir que não disse nada, porque tudo o que havia para dizer já o teu poema me entregou. Obrigado.
Grande abraço
Obrigado pelas palavras amigo
Obrigado pelas palavras amigo António Duarte.
Devo acrescentar
de que se encontram aqui no waf textos deveras muito bons.
Sugeria até uma antologia com a devida autorização dos autores.
Até amanhã a todos...
:-)
Frustração de um não não ante
Frustração de um não não ante o achar poder amar mas saber amar?
Sim, é esse o submundo do
Sim,
é esse o submundo do sentir...
abraço
:-)
Abraço!
Então sejamos os chefes nestas catacumbas e vielas escuras a beber vinho num crânio, os pés em cima do bureau, tal fazia Lord Byron!