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Noite vermelha...
A noite ficou vermelha no momento em que o sol deixou cair a primeira lágrima no outro lado do mar. Neste lado da montanha nasce a lua. Não a vislumbro no céu esquecido porque tenho lágrimas nos meus olhos. Tenho saudades dos meus pensamentos envoltos em véus azuis, e aqui perto oiço o silencioso remar de um barco perdido. Silêncio profundo dentro de mim…mas não há dor. Sigo errante nesta amplidão condenando a minha voz, condenando o meu olhar. Perdoa-me se sou cega. Palidamente as estrelas vão rimando os segredos que quero em mim guardados e as palavras que não sei dizer…os meus gestos são miragem de infinito. Pulsa-me o sangue vermelho nas veias, lentidão morna nos desejos que toquei. Perdoa-me se sou cega! Hoje não tenho música, evaporou-se na calmaria desta noite quente e vermelha. Oiço de novo o remar do barco lento, e a distância que me acolhe jamais sairá de mim. Por momentos voltei a morar na casa onde o silêncio e a solidão se encontram. Longa é a distancia que tenho de percorrer nos labirintos da noite tentando encontrar os teus olhos para beber de ti. Suspensa no imaginário, interrogo-me sobre onde ficaram os dias. Os dias em que me perdi quando as horas pararam no tempo. E o remar do barco lento rasga a noite por entre brumas de cetim. Este monólogo infindável apenas será ouvido nos ecos do meu sentir e pelos pesados remos, agora cheios de sal. E quando a aurora raiar nascerão também as tréguas entre mim e o novo dia…sim…porque as estrelas guardaram o meu sorriso e acariciaram os meus olhos…e amanha, quando o sol se esconder de novo, a noite não será vermelha, serão os teus olhos que me irão prender às linhas paralelas a todos os horizontes…Perdoa-me se sou cega!
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Comentários
Re: Noite vermelha...
A noite ficou vermelha no momento em que o sol deixou cair a primeira lágrima no outro lado do mar...
Isto é arte.
Todo o poema está muito bom!!!
:-)
Re: Noite vermelha...
LINDO TEXTO, GOSTEI MUITO!
Meus parabéns,
Marne
Re: Noite vermelha...
Tão triste relato da solidão! Tal carência e desamor, chega a doer. Belíssimo, abraços