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O fim do princípio
Todos nós somos
Animais.
Então porque nos impomos?
Por sermos racionais?
Destruímos o mundo
Com a ciência e a tecnologia
Mesmo sabendo, lá no fundo,
Que tudo isto é excesso de ousadia.
Criam-se curas para salvar
E curas para abater.
Quando é que a humanidade vai notar
Que o planeta está a morrer?
Agimos no hoje,
Esquecendo o amanhã.
É um egoísmo que vem de longe
E jamais terminará.
Não vos faz pena
Matar os animais?
Não é isto um problema?
Seres tão únicos e leais.
Para espiar
Criou-se o GPS.
Depois, para relaxar
Inventa-se pastilhas anti-stress.
Que raiva que me causa
Este mundo artificial.
É uma raiva que não pausa
Envolta neste “paraíso” fatal.
Continuem a pensar no comodismo
E a guiar esta triste frota.
Eu até vou usar um eufemismo
Ao dizer que vamos todos bater a bota.
Mas o Homem não pensa assim.
Acha-se um Deus, um dominante.
E quando já só restar o fim
Não haverá ciência que se levante.
E, embora humana, digo
Que aí o Homem havia de sofrer.
Havia de perder o rumo e o sentido,
Pagando pelas vidas que deixou morrer.
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