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O poeta é semelhante as nuvens
Ouço vozes que falam aos meus ouvidos
Dizem que não ser ouvido
Não é razão para me silenciar
Mas, quem sou eu neste vasto universo
Onde dor e sofrimento são sempre imutáveis?
O poeta é semelhante as nuvens
Desliza pelo infinito sem destino certo
E quem poderá dizer que não tem razão
Em acreditar em um mundo melhor?
Não posso viver sem minha vida
Não sou um pássaro que está preso
Nenhuma rede pode me prender
E não posso viver sem minha alma.
O ser humano erra quando deixa de lutar
Nunca busquei a felicidade
Porque quem poderá imaginar os horrores
Dos meus esforços secretos.
Nossa festa chegou ao fim
Tudo parecia tão perdido
E sei que alguns nascem grandes
Enquanto outros conquistam a grandeza
Através de seus silenciosos esforços.
Ninguém poderá impedir a minha jornada
Quando decido o meu próprio caminho
Espero que me dê sua mão
E voe comigo os espaços secretos da alma
Vamos para além do horizonte
Ver as montanhas que nos esperam
No destino final.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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