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O POR FAZER QUE FIZ...

Omnipresente desaparecido,
o ar que respiro na saudade,
a pedra que atiro e não assenta nesse vazio.

Achado desencontrado,
o que se perdeu ao meu encontro,
o passado por acontecer.

Rapidez parada à velocidade da pressa,
acordar da insónia,
esperar o que nunca veio que vem sempre.

Mar de rios lúgubres numa competição incompetente,
dias e noites em meias palavras,
vidas e mortes em meros ventos pousados nas margens.

Lembranças esquecidas,
o por dizer que disse,
o por fazer que fiz.

Passageiro que não passa,
o sonho,
o repetido repetido.

Perfeito em cor desfeita por imperfeito salteado,
os pés cansados de não andar,
a mentira empanturrada de ser verdade.

Plano plantado num planalto de basalto inóspito,
a engrenagem da promessa,
a agonia da intenção.

Cair descontínuo a descontar o ora das horas,
a interacção da escuridão numa lágrima,
o silêncio das sombras que amarram o grito.

Momento alado,
o acto de chorar,
o sorriso exacto.

Escada de degraus degradados,
reagir sem acção,
a solidão que teima queimar os voos.

Fogo que arde e morde de boca aberta,
a paixão por atear na cena dos corpos,
a compaixão por matar de pena.

Braço partido de um abraço inteiro,
incontinente ai sem dó,
a realidade lá no pó da música defunta em si.

Escravo que reina o reino dos cardos,
o gume da tristeza que sem cortar me esventra a alma,
cardume de peugadas às pantanas no sangrar das nascentes da vida.

 

 

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terça-feira, fevereiro 7, 2012 - 17:42

Poesia :

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Henrique

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