CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
O POR FAZER QUE FIZ...
Omnipresente desaparecido,
o ar que respiro na saudade,
a pedra que atiro e não assenta nesse vazio.
Achado desencontrado,
o que se perdeu ao meu encontro,
o passado por acontecer.
Rapidez parada à velocidade da pressa,
acordar da insónia,
esperar o que nunca veio que vem sempre.
Mar de rios lúgubres numa competição incompetente,
dias e noites em meias palavras,
vidas e mortes em meros ventos pousados nas margens.
Lembranças esquecidas,
o por dizer que disse,
o por fazer que fiz.
Passageiro que não passa,
o sonho,
o repetido repetido.
Perfeito em cor desfeita por imperfeito salteado,
os pés cansados de não andar,
a mentira empanturrada de ser verdade.
Plano plantado num planalto de basalto inóspito,
a engrenagem da promessa,
a agonia da intenção.
Cair descontínuo a descontar o ora das horas,
a interacção da escuridão numa lágrima,
o silêncio das sombras que amarram o grito.
Momento alado,
o acto de chorar,
o sorriso exacto.
Escada de degraus degradados,
reagir sem acção,
a solidão que teima queimar os voos.
Fogo que arde e morde de boca aberta,
a paixão por atear na cena dos corpos,
a compaixão por matar de pena.
Braço partido de um abraço inteiro,
incontinente ai sem dó,
a realidade lá no pó da música defunta em si.
Escravo que reina o reino dos cardos,
o gume da tristeza que sem cortar me esventra a alma,
cardume de peugadas às pantanas no sangrar das nascentes da vida.
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 383 leituras
other contents of Henrique
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Pensamentos | DA POESIA | 1 | 9.239 | 05/26/2020 - 22:50 | Português | |
![]() |
Videos/Outros | Já viram o Pedro abrunhosa sem óculos? Pois ora aqui o têm. | 1 | 50.915 | 06/11/2019 - 08:39 | Português |
Poesia/Tristeza | TEUS OLHOS SÃO NADA | 1 | 8.432 | 03/06/2018 - 20:51 | Português | |
Poesia/Pensamentos | ONDE O INFINITO SEJA O PRINCÍPIO | 4 | 9.630 | 02/28/2018 - 16:42 | Português | |
Poesia/Pensamentos | APALPOS INTERMITENTES | 0 | 8.380 | 02/10/2015 - 21:50 | Português | |
Poesia/Aforismo | AQUILO QUE O JUÍZO É | 0 | 8.339 | 02/03/2015 - 19:08 | Português | |
Poesia/Pensamentos | ISENTO DE AMAR | 0 | 8.283 | 02/02/2015 - 20:08 | Português | |
Poesia/Amor | LUME MAIS DO QUE ACESO | 0 | 8.821 | 02/01/2015 - 21:51 | Português | |
Poesia/Pensamentos | PELO TEMPO | 0 | 7.044 | 01/31/2015 - 20:34 | Português | |
Poesia/Pensamentos | DO AMOR | 0 | 6.966 | 01/30/2015 - 20:48 | Português | |
Poesia/Pensamentos | DO SENTIMENTO | 0 | 6.674 | 01/29/2015 - 21:55 | Português | |
Poesia/Pensamentos | DO PENSAMENTO | 0 | 8.068 | 01/29/2015 - 18:53 | Português | |
Poesia/Pensamentos | DO SONHO | 0 | 6.134 | 01/29/2015 - 00:04 | Português | |
Poesia/Pensamentos | DO SILÊNCIO | 0 | 7.158 | 01/28/2015 - 23:36 | Português | |
Poesia/Pensamentos | DA CALMA | 0 | 6.294 | 01/28/2015 - 20:27 | Português | |
Poesia/Pensamentos | REPASTO DE ESQUECIMENTO | 0 | 5.682 | 01/27/2015 - 21:48 | Português | |
Poesia/Pensamentos | MORRER QUE POR DENTRO DA PELE VIVE | 0 | 7.782 | 01/27/2015 - 15:59 | Português | |
Poesia/Aforismo | NENHUMA MULTIDÃO O SERÁ | 0 | 7.064 | 01/26/2015 - 19:44 | Português | |
Poesia/Pensamentos | SILENCIOSA SOMBRA DE SOLIDÃO | 0 | 7.586 | 01/25/2015 - 21:36 | Português | |
Poesia/Pensamentos | MIGALHAS DE SAUDADE | 0 | 6.800 | 01/22/2015 - 21:32 | Português | |
Poesia/Pensamentos | ONDE O AMOR SEMEIA E COLHE A SOLIDÃO | 0 | 6.424 | 01/21/2015 - 17:00 | Português | |
Poesia/Pensamentos | PALAVRAS À LUPA | 0 | 6.522 | 01/20/2015 - 18:38 | Português | |
Poesia/Pensamentos | MADRESSILVA | 0 | 5.446 | 01/19/2015 - 20:07 | Português | |
Poesia/Pensamentos | NA SOLIDÃO | 0 | 8.586 | 01/17/2015 - 22:32 | Português | |
Poesia/Pensamentos | LÁPIS DE SER | 0 | 8.074 | 01/16/2015 - 19:47 | Português |
Add comment