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O SOL EM TI …
Abriste as pernas… acendeste em mim
todas as tuas lanternas de amor.
Fui sol em ti… um louco na tua loucura.
Liquefizemo-nos olhos nos olhos,
amamo-nos... corpo a corpo.
Arrastados por tesões cuja vertigem se contorce... sem chão nem norte.
Entrei em ti… ouviram-se trovões!
Perdi o sentido das mãos pelas emoções
que o erotismo da tua sensualidade canta... e me encanta.
Fui canção em ti… esqueci-me do tempo nos teus lábios,
endeusei-te como um deus cujo ceptro... são os teus beijos,
onde a minha boca na tua boca tudo escreveu,
onde a minha voz na tua voz tudo disse.
Danças... língua a língua,
salivas aluadas de lua-cheia… sopros,
que de nós em nós sopraram fogos... de paixão!
Verão eterno… evaporação ateada pelas lenhas da alma.
Gozos infernais… beijos fenomenais
pelos segredos espalhados por entre a nossa pele
já derretida até ser pecado moer o corpo... em tanto pó,
até que seja pecado pôr um ponto final... no fim do infinito.
Orgasmos que a dois foram areias mágicas,
tantas quantas as areias de uma praia extensa... em nós.
Arrebatamentos que a dois explodiram
em triliões de luzes num só silêncio,
que a dois rasgámos... para sempre!
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