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O SORRISO DAS PEDRAS

Triste,
silenciosa palavra
espancada por mentira
cujo arremesso é uma flor falsa.

Final,
desferida faca
cujo cume são olhos
de uma santa indecente.

Grito,
a morte é apenas
o começo de um ódio eterno
cuja foice é um corpo sujo de ermos.

Adeus,
estrada fora
cujo rumo são lábios
esborratados de veneno.

Infiel,
escravo sentimento
cujo chicote são serpentes
que adornam o sorriso das pedras.

Lágrimas,
retratos de amor putrefeito
cujo amar é tristeza de artificio.

Vazio,
vaga voz escondida
cujos murmúrios são mãos amputadas à alma.

Dor,
refugiado fôlego
cujo sopro é uma urna de vento onde jaz o acreditar.

Frio,
beijo confessado pântano
cujo hálito é distância azeda.

Ausente,
lascivo não de olhos desencontrados
cujo lustre é uma ilha de espinhos íntimos.

Mágoa,
ébrio abismo de sentir
cujo passo é um esquecer negro.

Virar de costas,
a última maça do paraíso
cujo caroço é uma traição.

Escuro,
pergaminho de salivas
cuja escrita é uma cara cuspida.
 

Submited by

quinta-feira, fevereiro 10, 2011 - 01:26

Poesia :

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Henrique

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Comentários

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gostei muito de ler esta tua

gostei muito de ler esta tua poesia,

onde tão bem retratas um fim,

um triste fim...

gosto muito quando dizes:

Dor,
refugiado fôlego
cujo sopro é uma urna de vento onde jaz o ac
reditar.

mas será que o acreditar, morre?

 

beijossmiley

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