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O vale dos malditos

Eram como vermes, impregnados na mesma podridão
Tinham os olhos arregalados e as orelhas pequenas
Horrorizei-me com a cena que ali se fazia
No lugar da boca, não havia boca, e sim uma cloaca suja
Onde os seres repugnantes vomitavam fezes esbranquiçadas
Eles vomitavam e comiam de volta
Após comerem a sua, comiam a dos outros
Eles me olhavam com olhar de ódio
E tentavam me atingir com aquelas fezes fétidas
Mas não conseguiam, pois onde eu estava havia luz
E as criaturas não se aproximavam da luminosidade
Apesar de estar protegido pela luz, estava preso
Pois ali não havia saída, para sair, tinha que passar pelas feras bestiais
Sem pensar muito, comecei a correr em direção ao outro lado
Onde os estranhos seres agitavam-se de maneira enlouquecida
Ao aproximar-me das nojentas criaturas
Tranquei a respiração e fui passando por entre elas
Seus corpos eram úmidos e gelados, cobertos por uma baba viscosa
Bolhas de pus explodiam conforme eu encostava neles
Notei que os que ficavam para traz, eram maiores e mais nojentos
E os que estavam á minha frente, tinham uma forma meio humanóide
Minha curiosidade despertou, fazendo-me diminuir o  passo
Era algo perturbador
Der repente as bestas pareciam seres humanos
Alguns balançavam a cabeça, inconformados
Outros choravam, um pranto sofrido
Fitei meus olhos na fileira seguinte
E tive uma surpresa
Em minha memória se fez uma lembrança
E só naquele momento, eu entendi porque estava ali
Veio-me um sorriso a face ao vê-los naquela fila horrenda
Um deles, fingindo não me conhecer, perguntou
-Hei! hei! Tu ai! Diga-nos, o que tem lá no começo da fila?
-Nada além do que já estas acostumado a ver. Dize-lhe- Pois lá tu farás as mesmas coisas que vem fazendo até hoje.
-O que? Perguntou-me ele, abestalhado
-Lá tu comerás tua própria merda, e não satisfeito, comerás a do outro, e sempre que vires alguém estendendo-se a luz, tentará ofuscá-lo com teu excremento.
-E tu, para onde vais? Perguntou o maldito, com o ar raivoso
-Eu? Respondi com um ar irônico - Eu vou para o Club dês Hashishins juntar-me aos meus amigos.
Vir-lhe-ei as costas, e segui, cantarolando...Heaven, I'm in Heaven, And my heart beats so that I can hardly speak;
And I seem to find the happiness I seek
When we're out together dancing, cheek to cheek....Heaven.......
 

Sandro Kretus

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terça-feira, junho 19, 2012 - 16:45

Poesia :

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