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OLHOS MÃO-DE-OBRA
Abstinência,
pessoas acessórias,
iscos impulsos adictos.
Cara a cara,
olhos mão-de-obra,
embriaguez egocêntrica.
Invisíveis,
indizíveis sobretudo,
dependências de não mudo.
Ar esfaqueado,
corpo contrabandeado,
amores a socos e pontapés.
Fés de giz,
imóveis caras longe,
pingue-pongue pseudoempurrado.
Feixes de luz,
migalha atirada aos peixes,
palha de atropelos agulha.
Espectros,
escuridões com o rabo de fora,
reanimações de horas franzinas.
Encontros,
procuras por preencher,
urbanos acasos sem estética.
Cores velhas,
trapos sem carne,
números de carteira sem bolso.
Hoje de fumo,
ontem vento vinagre,
amanhã rumores de milagre.
Danças à chuva,
lufada de vaidades,
narrações suspensas no silêncio.
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Poesia :
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Comentários
Henrique
Isto sim é boa poesia. É sempre o que encontro na tua escrivaninha.
Bj
nanda