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OLHOS QUE NUNCA SE VÊEM

Poder sim.

Parágrafo em decomposição.

Consonância bizarra.

Prolixidade em rejeição.

O grito nu.

Poema em cinzas.

Postura abjecta.

Opostos obedientes
à orla que os atrai inversos.

Desespero como comboio descarrilado
dos carris da boca.

O vagão do tempo virado ao avesso.
numa frágua onde o abismo se acumula.

Tábua indómita
onde as lágrimas são apenas de sede
em olhos que nunca choraram.

Sombra algoz em olhos que nunca se vêem 
para além da esquina do espelho.

Insónia de oito patas.

Tal aranha enrede a sua teia nos espinhos da noite.

Estrelas amarradas ao acaso dos nós da madrugada.

Arredores desatados de propósito para despovoar a aurora.

Segunda-feira que se liberta da extinção da semana.

Capítulo perto de um título no rodapé reservado ao fim.

Anca cuja estética pára o trânsito coxo dos astros.

Fumos pigmentados de mil cores.

Fábrica de arco-íris cuja chaminé fálica
até ao útero do céu emprenha o infinito de flashes.

Para parir mais infinito.

Meta em marcha atrás.

Velocidade parada num frame de silêncio.

Ansiedade.

 

 

 

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quarta-feira, fevereiro 29, 2012 - 00:59

Poesia :

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Henrique

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