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ORVALHO DE FOGO
Sons de chuva,
insípida maré de beijos,
arrepiadas carícias, desajeitadas.
Lágrimas insanas, hediondas.
Salivas sequiosas,
bocas amolgadas, redondas.
Distâncias rasgadas, prometidas.
Clamores de vento.
Ares desmedidos na corcunda da voz.
Monumento de sombras.
Ditos afiados, magros.
Pormenores de nada, milagres.
Silêncios soltos, selvagens.
Pigmentações opacas,
tesouros cujo brilho é a foice da morte.
Fumo enfurecido, diabo gotejado, amado.
Orvalho de fogo.
Lembranças sugadas
de uma lareira onde ardem lenhas de tempo.
Memórias esquecidas,
soalhos desertos, abisma das almas.
Unhas loucas, áureas roucas, turvadas.
Poema incerto, papoilas.
Musas despidas num vaso de cactos, trevos.
Espinhos que me matam a sede a céu aberto, destroçado.
Estradas pavimentadas de heresia.
Cartolas cuja magia são mecanismos rotineiros.
Cardápios de agora,
narinas imaculadas, enjauladas em perfume iludido.
Palavras de terra, lamas de olhos silvados, pesados.
Epiderme suja, desnutrida, cega.
Mentira espátula que da alma rapa a tristeza.
Saudade descalça, bastarda.
Fanfarra de línguas em tons ocos,
dominós badalhocos, embriaguezes.
Esperas mumificadas, esferas desesperadas, cúpidas.
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Comentários
A tua poesia é sempre muito
A tua poesia é sempre muito instigante e maravilhosa de se ler nas figuras de
linguagem , que só fazes como ninguém !!!!
Um beijo
Susan
Lindo poema. mais uma vez os
Lindo poema. mais uma vez os meus parabéns.
maria
O poema incerto rumará a um
O poema incerto rumará a um lugar frondoso de metáforas e bondades.Assim queira o poeta.