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PASTO DO SER, REBANHOS SEMELHANTES


Faço-me tarde.

Novelo de palavras onde arde o silêncio.

Faço-me acontecer ponte.
Faço-me ser margens.

Corro rio de frases eternas a foz seca.
Recordo na minha sina o Outono.

Acordo ossada sem dono
por entre a folhagem da noite.

Trago sete mortes presas ao arame farpado da voz.

Pesadelo de mil pontas soltas.

Luas frágeis, luares de revoltas.

Sete vidas tiradas à pena de um anjo,
asas desmanteladas no rosto.

Azáfama deflagrada chuva ao peito.

Fogos ateados a eito
pela correntia de uma lágrima.

Cruzes vastas, marcas errantes.

Obedeço-me ao pasto do ser,
ofereço-me a rebanhos semelhantes.

Afectos e gritos,
caras-metades por inteiro,
carreiro de almas salvas.

Confesso-me olhos,
ouvido pedalado por piano de ais.

Beijos e amuos, abrigos desconcertantes.
 

Submited by

segunda-feira, abril 25, 2011 - 16:43

Poesia :

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Henrique

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Comentários

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Muito belo... Poema imerso

Muito belo...

Poema imerso no teu estilo,sempre.

Gosto de ler-te,sempresmiley

imagem de MEYRE

Um poetar inquietante com

Um poetar inquietante com metáforas intrigantes.Gosto imenso de te ler.abraços

imagem de Nanda

Henrique

Metáforas que nos remetem para ambiências éclogas e bucólicas da alma.

Excelente!

Beijo

Nanda

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