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PEDRA EM DERROCADA


Por que sítio perdido
me acho e julgo ser esse lugar pasmo?

Pátio de vidas que encontro despovoadas.

Eira de espigas cujo malho
é orvalho de musas em arrepio no meu sangue.

Semente de árvores confusas. Cenário cheio de nada.
Prece irrespondível. Alicerce vago. Gago estar intacto.

Nuvem e chuva. Rio, margem distante.
Nódoa em pano roto já tão sujo de gente que rio.

Ponte entre os meus mundos.

Por que voz ardo nesse fogo apagado no meu corpo?

Quase morto. Quase em chama…

… QUASE!

É o sonho a minha pele. Acordar a minha roupa.

Sou esse silêncio onde me escuto mais alto.

Ar de asas amordaçadas. Pássaro em queda livre
como facadas dadas pelo tempo.

Fonte de infinitos. Eternidades silvestres.
Imortalidades pedestres sobre areias movediças.

Pedra em derrocada. Ravina
de palavra esventrada por mas… Trucidada por se.

Por que momento novo movo a alma pela hora quieta?

O norte sem seta na minha boca. A morte certa
desta incerteza que vive na ponta dos meus dedos.

Mortalha de segredos. Altar de aranhas
que empunham espadas forjadas a medo.

Batalha de enredos… Piano ao contrário.

Sou como que guitarra ancorada às unhas da tempestade.

Meus olhos são cordas bambas.
Minhas mãos papiros do destino.

Canção. Partitura escrita de cabelos brancos.
Pauta incauta. Flauta debaixo d´água.

Minhas lágrimas são fados.
Cegueiras tantas… Ventas de vento por todos os lados.

Por que fundo caminho lama assente nesse pó
que minhas retinas levantam à têmpora da poesia?

Verso em gota limpa. Floresta infinda…

… GRUTA!

Sol de rédea curta. Lua turva. Ossada curva…

… HOMEM!
 

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sexta-feira, setembro 9, 2011 - 18:46

Poesia :

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Henrique

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