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PENUMBRAS AOS TOMBOS …
Gargantas fundas,
antas inflamadas de grito,
plantas ejaculadas por silêncio.
Penumbras aos tombos,
pombos-correios da ruindade,
escombros de sonhos sem realidade.
Cuecas mal descidas,
carecas rasgadas por feridas em desespero,
quecas inquinadas por bifurcações tingidas de descontrolo.
Dedos retorcidos,
enredos sugados pelo tempo,
segredos ancorados por desonra ao nada.
Nádegas despidas,
enodadas de mãos pervertidas,
chicoteadas por vidas em prantos de solidão.
Coração parado,
vulcão adormecido num fado triste,
cão sem dono entre as conversas do olhar em despiste.
Lugar de ranhos,
lar de vazios tamanhos,
voar às escuras em céus tacanhos.
Loucuras sãs,
doces amarguras vãs,
sereias mais feias do que as rãs.
Candeias embaciadas,
ceias de pragas esfomeadas,
teias rotas por vagas de marés desencontradas.
Pés calejados por imobilidade,
fés arrastadas pelo toucinho da vaidade,
lés a lés arrancados dos poros insanos das peles.
.
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