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PIPOCAS …

A noite é um futuro

que se incendeia de cada vez mais escuro.

Porto inseguro,

feira de vaidades apocalíticas.

Saudades de uma aldeia que respinga sorrisos,

sem políticas.

O olhar como firmamento

de uma candeia pendurada nas lascas da madrugada,
momentos como pipocas em estalos de gáudio.

As horas por aí perdidas nas horas,

os ponteiros sem áudio.

As saídas fechadas,

as luzes enfaixadas nas sombras,

o túmulo dos tempos aos trambolhões
pela chuva que seca o chão de todas as sedes.

Insípidas marés cósmicas,

profecias cómicas.

Adulações adulteradas,

poemas abrasados por fachadas em cinza,

como vulcões expelentes de palavras incandescentes.

Gentes alimentadoras de fome,

perdedoras sem nome,

sem alma.

O sol como amuleto apagado por eclipses humanoides,

por nada...
.
.
.
.

Submited by

domingo, julho 29, 2012 - 15:29

Poesia :

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Henrique

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Título: Membro
Última vez online: há 10 anos 36 semanas
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Comentários

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Obrigada

Obrigada por me dar a conhecer este site e os seus poemas, que tenho acompanhado sempre que posso.

imagem de Henrique

De nada... Seja bem vinda ao

De nada...

Seja bem vinda ao WAF.

:-))

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