CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
POEMA CURTO
Ruas obscuras, espelhos obtusos
no paralelepípedo de meus olhos;
tudo é escombros, latir de cães,
quando a noite acende candeeiros
e põe asas de insectos onde a luz é
mais crua, numa realidade que se
quer concreta, no grito lancinante da
palavra, erguendo-se, qual gume de faca,
de entre o secretismo dos degraus,
sujos, impuros, com setas nos braços,
quais estátuas amputadas, vertendo
seu sangue no alcatrão das estradas,
nos bueiros, depois já rios distantes,
e a voz é um eco do que ainda não
se disse, o que só as montanhas conhecem,
o que nas árvores estremece, por um
raro sopro de vento, filtrando a palavra
que se perde na noite, se a lua não
vinga no palato, na saliva fria das paredes,
da tão ansiada liberdade.
Jorge Humberto
10/01/12
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 1157 leituras
Add comment
other contents of Jorge Humberto
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Pensamentos | AQUI ME TENS | 4 | 633 | 03/25/2012 - 14:01 | Português | |
Poesia/Amor | AMANDO DE NOVO | 10 | 685 | 03/25/2012 - 14:36 | Português | |
Poesia/Alegria | ESCUTA | 0 | 611 | 03/27/2012 - 15:18 | Português | |
Prosas/Pensamentos | MANIA DE ESPERTEZAS | 0 | 1.484 | 03/27/2012 - 17:20 | Português | |
Poesia/Dedicado | A UM AMIGO | 7 | 605 | 03/28/2012 - 20:25 | Português | |
Poesia/Alegria | NÃO FUI SENÃO UMA CRIANÇA | 40 | 1.001 | 03/29/2012 - 11:10 | Português | |
Poesia/Meditação | URGE... POETA! | 6 | 715 | 03/30/2012 - 09:51 | Português | |
Poesia/Tristeza | ATRAIÇOADA | 4 | 1.474 | 04/01/2012 - 09:59 | Português | |
Poesia/Intervenção | A SAGA DO LADRÃO | 8 | 571 | 04/02/2012 - 09:11 | Português | |
Poesia/Fantasia | VASTAS PRATELEIRAS | 4 | 504 | 04/02/2012 - 10:50 | Português | |
Poesia/Geral | DEMÊNCIA | 2 | 499 | 04/03/2012 - 11:49 | Português | |
Poesia/Fantasia | FAZ FALTA AQUI... SONHAR | 2 | 477 | 04/03/2012 - 14:51 | Português | |
Poesia/Amor | CARTAS DE AMOR | 10 | 705 | 04/03/2012 - 18:43 | Português | |
Poesia/Meditação | AO RESPEITO PELA DIFERENÇA | 8 | 643 | 04/04/2012 - 19:07 | Português | |
Poesia/Geral | POEMA CURTO | 4 | 1.157 | 04/05/2012 - 13:11 | Português | |
Poesia/Meditação | OLHANDO AS ÁGUAS | 4 | 744 | 04/06/2012 - 10:25 | Português | |
Poesia/Meditação | PSIQUE | 6 | 723 | 04/08/2012 - 11:39 | Português | |
Poesia/Amor | FIGURA SONHADA | 2 | 747 | 04/09/2012 - 12:38 | Português | |
Poesia/Geral | SONHOS PERDIDOS | 2 | 703 | 04/09/2012 - 12:56 | Português | |
Poesia/Amor | NÃO É DE PRATA ESTA FLOR | 6 | 793 | 04/10/2012 - 11:52 | Português | |
Poesia/Alegria | BRANCAS MANHÃS | 8 | 744 | 04/12/2012 - 11:18 | Português | |
Poesia/Amizade | FIZ-ME POESIA | 10 | 847 | 04/12/2012 - 15:42 | Português | |
Poesia/Dedicado | PÁLIDA MARIANA | 10 | 745 | 04/14/2012 - 13:01 | Português | |
Poesia/Fantasia | A MUTILAÇÃO | 4 | 732 | 04/23/2012 - 16:43 | Português | |
Poesia/Aforismo | UTOPIA? | 8 | 602 | 04/23/2012 - 17:37 | Português |
Comentários
obscuridade
tudo é obscuro na sua essência
quando o ser humano se sente aprisionado
- cada vemos vivemos mais nas trevas
existenci_ais.
1 abraç0o!
Abilio
Olá, meu querido amigo, Abilio,
Olá, meu querido amigo, Abilio,
somos nós que damos ou tiramos de nossa essência, partindo daí para a claridade ou para o obscuridade, mas concordo contigo, quando dizes, que é natural essa obscuridade, quando, cada vez mais, o Homem, se sente aprisionado, neste mundo de trevas, que ele mesmo construi-o e avoluma. Hoje mais de que nunca, não vivemos antes sobrevivemos, nosso existencialismo. Sempre um prazer ver-te no meu cantinho e ler teus comentários a meus poemas. Amanhã vou disfrutar da leitura de meus amigos, poetas... e claro... podes esparar-me, às portas, sempre abertas, de teu jardim.
Abraço meu.
Jorge Humberto
Jorge, Belo poema,onde
Jorge,
Belo poema,onde destaco essa tua construção poética que ecoou em minha alma:
"e a voz é um eco do que ainda não
se disse,o que só as montanhas conhecem,
o que nas árvores estremece,por um
raro sopro de vento,filtrando a palavra."
Seja bem-vindo!
Obrigado!
Olá Suzete, prazer!
Muito obrigado pelas tuas palavras de apreço a meu poema e pelas boas-vindas!
Beijinhos
Jorge Humberto