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Poema de Desintoxicação (João Cabral de Melo Neto)

Em densas noites
com medo de tudo:
de um anjo que é cego
de um anjo que é mudo.
 

Raízes de árvores
Enlaçam-me os sonhos
No ar sem aves
vagando tristonhos.
 

Eu penso o poema
da face sonhada,
metade de flor
metade apagada.
 

O poema inquieta
o papel e a sala.
Ante a face sonhada
o vazio se cala.
 

Ó face sonhada
de um silêncio de lua,
na noite da lâmpada
pressiono a tua.
 

Ó nascidas manhãs
que uma fada vai rindo,
sou o vulto longínquo
de um homem dormindo.

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quarta-feira, janeiro 19, 2011 - 11:18

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AjAraujo

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