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A POESIA É A ESTRELA DA NOITE …
Desconjuntou-se o silêncio,
ruiu-se em ruídos insatisfeitos,
prenunciou voltar em gritos imperfeitos.
Morreu a imortalidade,
despintou-se de todas as cores do mundo,
despistou-se submersa no fundo de todas as dores.
A eternidade cai no esquecimento,
perdeu-se pelos ossos das horas
como um grão de areia pelas veias do tempo,
apagou-se da chama de todas as candeias da vida,
propagou-se como um nevoeiro de espectros
a encandear o farol que estremava o litoral dos sonhos.
Destorceram-se os desenhos
de todas as palavras num fio frágil,
distenderam-se os seus dizeres
até partir a linha dos quatro horizontes.
Secaram as fontes de sonâmbulas sedes
que alagavam de amor o mar dos sentimentos,
os corações batem à deriva por marés sem lua ao leme.
Turva-se o brilho da alma
até seja uma voz incontinente e nua de ser
que o vento semeia e colhe no deserto dos poetas.
O corpo range as ferrugens da idade,
a respiração tosse cinzas de paixões ardidas,
as mãos rabiscam-se de cansaços que descansam na ilusão.
O olhar empanturra-se de ver,
os olhos camuflam-se como sombras na escuridão.
O pensamento entorna-se louco
sobre o choro das musas num poema rouco.
A poesia é a estrela da noite,
é a musa que cicatriza o açoite das saudades,
é a tinta que de dentro chora
todos os adeus pelo infinito a fora
como um rio de lágrimas entre margens de solidão.
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Poesia :
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