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Preguiçosa, vejo
de agulhas finas
olhos penetrantes
corpos elegantes,
juntos, abraçados
em orgias
de ramagens
sombreantes.
Agradecidas as pessoas
fecham as cortinas ao dia…
Ninhos, se os há
são estratégicos -
- seios de vida.
Vejo um mundo,
lá em cima!
Tem o sol que toca
a corneta do despertar.
A lua que ilumina
e conta histórias de pasmar.
Troncos emaranhados
em ruas. Encruzilhadas,
desafios das suas agulhas,
tropeçam e caem.
- Como a gente cá em baixo.
Os alimentos não se procuram
a Natureza os dá.
- Como muita gente cá em baixo.
As lojas, escassas, vendem o mesmo.
Nada passa de moda.
- Como bastante gente cá em baixo.
Subindo até ao alto, vista privilegiada,
tocam o céu almejado.
- Como pouca gente cá em baixo.
E eu, por vergonha, registo este escrito.
Não quero este estado de limbo.
Apenas ser humano (com) sentido!
OF 19-08-2011
http://portate-mal.blogspot.pt/
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Comentários
P/Henricabilio (Preguiçosa, vejo)
Amigo Abílio: na verdade os nossos sentidos, apurados pela sensibilidade poética,
levam-nos a ter um olhar especial sobre aspetos prosaicos a olhos de outros...
Obg, bjinho :)
(O imenso trabalho profissional que tem de ser executado em prazos apertados, só agora me permitiu,
com alguma calma, responder-te.)
dependendo do estado de
dependendo do estado de espírito
inumeras são as perspetivas que os nossos sentidos
colocam em sentido.
1 abraç0o!
_Abili0