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Natal, magia menina
Tempo ansiado,
antecipado
em nós o tempo.
Dias mágicos,
laboriosos em terra de fantasia,
neve que a envolvia…
Trenós, renas
o Natal que me tomava
na pureza de menina.
Entre sonho e realidade,
era do sonho a primazia…
No inverno esbranquiçado,
onde o olhar se extravia,
mano e demais família,
o musgo perfumado
em cesto de carinho forrado
era cuidadosamente depositado.
Não fosse haver algum espinho
que ferisse o Deus Menino.
Na volta escolhia-se o pinheirinho.
Como desfile de moda,
alvo de reparos na forma e estilo,
sacrificava a vida,
doando-se a nova casa
de risos pueris enfeitada.
(As cercanias sorriam.
Habituadas ao correr manso do tempo,
estas visitas de braços abertos acolhiam).
A mãe afadigava-se
com os vapores enevoada,
aspirando apetitosos odores,
ignorava os leves queixumes
da mesa grávida dos doces
que sabiamente confecionava.
Depois, ah, depois…
Olhos gulosos famintos
debicavam as iguarias,
pratos tradicionais saboreados
numa sinfonia orquestrada.
Era o momento de conversa partilhada…
E num serão onde a lareira era rainha,
jogava-se ao rapa e pião.
Em contentamento desmedido
amontoava-se o quinhão.
Éramos ricos.
Paladares e falares
únicos.
União…
antecipado
em nós o tempo.
Dias mágicos,
laboriosos em terra de fantasia,
neve que a envolvia…
Trenós, renas
o Natal que me tomava
na pureza de menina.
Entre sonho e realidade,
era do sonho a primazia…
No inverno esbranquiçado,
onde o olhar se extravia,
mano e demais família,
o musgo perfumado
em cesto de carinho forrado
era cuidadosamente depositado.
Não fosse haver algum espinho
que ferisse o Deus Menino.
Na volta escolhia-se o pinheirinho.
Como desfile de moda,
alvo de reparos na forma e estilo,
sacrificava a vida,
doando-se a nova casa
de risos pueris enfeitada.
(As cercanias sorriam.
Habituadas ao correr manso do tempo,
estas visitas de braços abertos acolhiam).
A mãe afadigava-se
com os vapores enevoada,
aspirando apetitosos odores,
ignorava os leves queixumes
da mesa grávida dos doces
que sabiamente confecionava.
Depois, ah, depois…
Olhos gulosos famintos
debicavam as iguarias,
pratos tradicionais saboreados
numa sinfonia orquestrada.
Era o momento de conversa partilhada…
E num serão onde a lareira era rainha,
jogava-se ao rapa e pião.
Em contentamento desmedido
amontoava-se o quinhão.
Éramos ricos.
Paladares e falares
únicos.
União…
OF - 15-12-13
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sexta-feira, dezembro 20, 2013 - 01:34
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