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Procuro despir-me do que aprendi, (Alberto Caeiro - Fernando Pessoa)
Procuro despir-me do que aprendi.
Procuro esquecer-me do modo de lembrar
que me ensinaram, e raspar a tinta
com que me pintaram os sentidos,
Desencaixotar minhas emoções verdadeiras,
Desembrulhar-me e ser eu, não Alberto Caeiro,
Mas um animal humano que a natureza produziu.
Mas isso (triste de nós que trazemos a alma vestida!)
Isso exige um estudo profundo,
Uma aprendizagem de desaprender...
Fernando Pessoa (Alberto Caeiro).
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