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Quando os Anjos se vão.
Quando os anjos se vão
As luzes ainda estão acesas, nosso quarto se esvazia toda vez que finalizamos, toda vez que dizemos amém.
Os anjos se vão mais uma vez, os fantasmas já não ficam tão presos, estão dispersos num paraíso, num inferno criado por nós mesmos.
Criamos tantos mundos, acreditamos em tantas coisas e nos perdemos em nossas crenças, em nossas razões, não queremos ter mais nada além da fé,”mas os divinos também choram...”fazem cair as chuvas que aliviam, que destroem.
Ultimamente, estamos desejando imensamente, que essa dor pare, essa agonia que nos vive.
Estamos cansados por ter que falar da nossa dor, e nada disso parecer real, nada disso querer mudar.
O sofrer que nos furta o brilho dos olhos, é o mesmo que nos inspira.
O que não encontramos na alegria encontramos em nossas tristezas;sorrisos desesperadores.
O sofrer não têm idade, ele vêm e nos furta a essência, nos nossos olhos as flores são sempre as mesmas, murchas e frias, congeladas.O sol parece nunca passar por lá, em nossos jardins imaginários.
Os dias se passam, corridos e cheios, perdemos a razão a noção da vida.
Em dias de inverno, escrevemos em nossos cadernos.
Ninguém mora nas suas casas em dias como estes;ruas vagas, janelas quebradas, paredes mofadas, os fogos se expandem lento e intensamente entre as matas, sentimos o ar de destruição.
As aves gritam alto, em madrugadas frias.Nós todos choramos, cansamos de nos olhar nestes espelhos, refletindo toda essa aflição, do nosso mundo insano.
Thiago Augusto Salvador
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Poesia :
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