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QUANDO SOMOS UM SÓ


Não preciso falar-te de amor,
nem dizer sempre que te amo.

Se o fizer,
não te amo mais do que da boca para fora.
Tu sabes quanto te amo.

Quando te olho em silêncio, é um amo-te.
Um amo-te dito olhos nos olhos.

Todas as palavras que escrevem o amor,
elevam-se cintilantes por um momento eterno
no nosso olhar.

Entendes os meus olhos como ninguém,
tu amas-me.

Quando te abraço,
esmago-te suavemente
como que uma flor desabrocha
aos primeiros raios de sol da manhã.

Abraço-te,
como que se uma corda de fogo nos atasse.
Aperto-te contra mim com uma força imensa.

Uma força suficiente
que qualquer pedra por mais dura que fosse,
faria dela pó tão depressa quanto o teu fôlego
me engole por inteiro.

Este abraço,
é voz do meu desejo
até que os suspiros de ambos
se entrelacem em harmonia com o infinito.

Nesse infinito,
tudo que os nossos sentidos sentem,
são os nossos corpos a dançar universo fora.

Onde cada hora
é uma valsa de primaveras coloridas
que nos perfuma o nosso agora.

Esse nosso agora
é uma salva de palmas,
nossas almas saboreiam-se com demora.

Tudo pára,
o vento adormece
no ruborescido da nossa pele,
o tempo fica parado em volta de nós
à espera que o recuperemos.

O tempo tem ciúmes da nossa paixão.

Ninguém melhor que tu
sabe do calor que partilhamos nesse abraço
que por nós fala de amor.

Amamo-nos,
é o que ambos nos dizemos a cada beijo.

Todas as páginas em branco,
são escritas pelas nossas bocas
quando somos um só.

Nem preciso de falar sobre o nosso beijo,
é o nosso beijo e só tu sabes a quanto amor
ele nos sabe.

O amor não se fala, pronuncia-se.
 

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sábado, janeiro 8, 2011 - 23:48

Poesia :

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Henrique

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Comentários

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Entre corações apaixonados é

Entre corações apaixonados é grande a criatividade.

É um prazer ler-te Henrique.

Belo poema.

abraço

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