QUANDO SOMOS UM SÓ
Não preciso falar-te de amor,
nem dizer sempre que te amo.
Se o fizer,
não te amo mais do que da boca para fora.
Tu sabes quanto te amo.
Quando te olho em silêncio, é um amo-te.
Um amo-te dito olhos nos olhos.
Todas as palavras que escrevem o amor,
elevam-se cintilantes por um momento eterno
no nosso olhar.
Entendes os meus olhos como ninguém,
tu amas-me.
Quando te abraço,
esmago-te suavemente
como que uma flor desabrocha
aos primeiros raios de sol da manhã.
Abraço-te,
como que se uma corda de fogo nos atasse.
Aperto-te contra mim com uma força imensa.
Uma força suficiente
que qualquer pedra por mais dura que fosse,
faria dela pó tão depressa quanto o teu fôlego
me engole por inteiro.
Este abraço,
é voz do meu desejo
até que os suspiros de ambos
se entrelacem em harmonia com o infinito.
Nesse infinito,
tudo que os nossos sentidos sentem,
são os nossos corpos a dançar universo fora.
Onde cada hora
é uma valsa de primaveras coloridas
que nos perfuma o nosso agora.
Esse nosso agora
é uma salva de palmas,
nossas almas saboreiam-se com demora.
Tudo pára,
o vento adormece
no ruborescido da nossa pele,
o tempo fica parado em volta de nós
à espera que o recuperemos.
O tempo tem ciúmes da nossa paixão.
Ninguém melhor que tu
sabe do calor que partilhamos nesse abraço
que por nós fala de amor.
Amamo-nos,
é o que ambos nos dizemos a cada beijo.
Todas as páginas em branco,
são escritas pelas nossas bocas
quando somos um só.
Nem preciso de falar sobre o nosso beijo,
é o nosso beijo e só tu sabes a quanto amor
ele nos sabe.
O amor não se fala, pronuncia-se.
Submited by
Poesia :
- Login to post comments
- 967 reads
Add comment
other contents of Henrique
Topic | Title | Replies | Views |
Last Post![]() |
Language | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Thoughts | DA POESIA | 1 | 8.308 | 05/26/2020 - 23:50 | Portuguese | |
![]() |
Videos/Others | Já viram o Pedro abrunhosa sem óculos? Pois ora aqui o têm. | 1 | 45.121 | 06/11/2019 - 09:39 | Portuguese |
Poesia/Sadness | TEUS OLHOS SÃO NADA | 1 | 5.539 | 03/06/2018 - 21:51 | Portuguese | |
Poesia/Thoughts | ONDE O INFINITO SEJA O PRINCÍPIO | 4 | 5.678 | 02/28/2018 - 17:42 | Portuguese | |
Poesia/Thoughts | APALPOS INTERMITENTES | 0 | 5.748 | 02/10/2015 - 22:50 | Portuguese | |
Poesia/Aphorism | AQUILO QUE O JUÍZO É | 0 | 5.674 | 02/03/2015 - 20:08 | Portuguese | |
Poesia/Thoughts | ISENTO DE AMAR | 0 | 6.733 | 02/02/2015 - 21:08 | Portuguese | |
Poesia/Love | LUME MAIS DO QUE ACESO | 0 | 6.190 | 02/01/2015 - 22:51 | Portuguese | |
Poesia/Thoughts | PELO TEMPO | 0 | 4.793 | 01/31/2015 - 21:34 | Portuguese | |
Poesia/Thoughts | DO AMOR | 0 | 4.712 | 01/30/2015 - 21:48 | Portuguese | |
Poesia/Thoughts | DO SENTIMENTO | 0 | 4.808 | 01/29/2015 - 22:55 | Portuguese | |
Poesia/Thoughts | DO PENSAMENTO | 0 | 4.905 | 01/29/2015 - 19:53 | Portuguese | |
Poesia/Thoughts | DO SONHO | 0 | 4.051 | 01/29/2015 - 01:04 | Portuguese | |
Poesia/Thoughts | DO SILÊNCIO | 0 | 5.577 | 01/29/2015 - 00:36 | Portuguese | |
Poesia/Thoughts | DA CALMA | 0 | 5.192 | 01/28/2015 - 21:27 | Portuguese | |
Poesia/Thoughts | REPASTO DE ESQUECIMENTO | 0 | 4.204 | 01/27/2015 - 22:48 | Portuguese | |
Poesia/Thoughts | MORRER QUE POR DENTRO DA PELE VIVE | 0 | 4.978 | 01/27/2015 - 16:59 | Portuguese | |
Poesia/Aphorism | NENHUMA MULTIDÃO O SERÁ | 0 | 4.682 | 01/26/2015 - 20:44 | Portuguese | |
Poesia/Thoughts | SILENCIOSA SOMBRA DE SOLIDÃO | 0 | 5.229 | 01/25/2015 - 22:36 | Portuguese | |
Poesia/Thoughts | MIGALHAS DE SAUDADE | 0 | 3.745 | 01/22/2015 - 22:32 | Portuguese | |
Poesia/Thoughts | ONDE O AMOR SEMEIA E COLHE A SOLIDÃO | 0 | 4.124 | 01/21/2015 - 18:00 | Portuguese | |
Poesia/Thoughts | PALAVRAS À LUPA | 0 | 5.160 | 01/20/2015 - 19:38 | Portuguese | |
Poesia/Thoughts | MADRESSILVA | 0 | 4.011 | 01/19/2015 - 21:07 | Portuguese | |
Poesia/Thoughts | NA SOLIDÃO | 0 | 5.176 | 01/17/2015 - 23:32 | Portuguese | |
Poesia/Thoughts | LÁPIS DE SER | 0 | 4.915 | 01/16/2015 - 20:47 | Portuguese |
Comments
Entre corações apaixonados é
Entre corações apaixonados é grande a criatividade.
É um prazer ler-te Henrique.
Belo poema.
abraço