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QUE FAÇO EU FORA DO MEU CAIXÃO ?!
A geometria do tempo é o meu caixão.
Nele me sepulto sujidade.
A ele me entrego sobra
de um corpo anavalhado pela solidão.
Abraço extinto,
sofismado por desfiladeiros bafiosos.
Queixa coibida em medo,
silêncios intumescidos numa falsa morte.
Estilhaços à sorte,
cáustica fonologia das palavras arremessadas à boca,
como estrume doce das degolações da cabeça dos sonhos.
Côdea de um grito desferido em dor.
Alma abandonada na cor da noite
a esfaquear o olhar com incongruências.
Surdo açoite,
absurdo polvilhado de línguas gestuais,
gente já sem pessoa por dentro a quem se lamente.
Importância parafraseada num coisificar faz-de-conta.
Pretexto à toa,
canoa de essências que me privam da identidade.
Reposicionamento em atraso.
Ais sem azo de ser,
acontecer inútil numa quadra sem rima pelo tempo.
Que faço eu fora do meu caixão?!
...
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Comentários
interessante
existem dias pelos quais nos tiram a vida e continuamos a viver...:) vale a pena a luta se tivermos objectivo de viver.
Embelezas o mundo?!
Embelezas o mundo?!